Sorria

“Sorria” é um terror psicológico que segue bem a cartilha para a alegria dos fãs do gênero. O filme conta a história da psiquiatra Dra Rose Cotter (Sosie Bacon) quando é procurada por uma paciente que relata ver pessoas sorrindo de forma macabra, às vezes pessoas conhecidas, às vezes desconhecidos mas sempre como aviso de que algo ruim está para acontecer. Após a paciente se suicidar de forma brutal na sua frente, a psiquiatra começa também a ver os sorrisos sinistros.

https://www.youtube.com/watch?v=F_BZre3NPMM

Para que possamos entender um pouco mais sobre o filme é importante falar sobre o diretor e sua trajetória. Parker Finn aparece nas rodas de cinema com dois curtas-metragens, “The hidebehind” e “Laura hasn’t sleep” de 2020, sendo este último, vencedor do SXSW Film Festival, Chicago International Film Festival e Fantasia Film Festival.  “Laura hasn’t sleep” conta a história de uma paciente que procura ajuda de um psicólogo para tentar se livrar de um pesadelo recorrente. E para nossa surpresa a paciente da Dra Rose Cotter em “Sorria” também se chama Laura, protagonizada por Caitlin Stasey (Rain) tanto no curta quanto no longa, nos fazendo questionar se seria a mesma personagem.

“Sorria”, como mencionei antes, segue o clichê perfeito dos roteiros de filmes de terror, o que faz com que o roteiro seja um tanto quanto previsível. Já imaginamos o arco da personagem principal, seus problemas psicológicos e o caminho da sua trajetória. Porém, os sustos, que são o que a maioria busca em um filme do gênero, sai do padrão e nós pega várias vezes desprevenidos, garantindo assim pulos da cadeira, satisfazendo os que buscavam essa emoção.

Infelizmente, os atores deixam a desejar, Sosie Bacon (Mare of Eastown e 13 reason why), Jesse T. Usher (o trem-bala de The boys), Kal Penn (Madrugada muito louca), não conseguem passar veracidade aos seus personagens dando o spotlight para as participações como de Caitlin Stasey  (Laura hasn’t sleep), Rob Morgan (Não Olhe para cima) e Judy Reyes (Scrubs).

A direção de Finn em compensação, junto com a fotografia, edição de som e trilha sonora, entrega o esperado, com bons takes, transições entre planos e a montagem sendo utilizadas como elemento do próprio suspense. Infelizmente, em algum momento, a direção faz a escolha de entrar num lugar fantasioso que não funciona muito bem.

Para quem gosta do gênero, vale a pena assistir. Os pulos de voar pipoca estão garantidos. Filme fácil, simples e sem muito para pensar depois.