Seven: Os Sete Crimes Capitais
Revi o filme nesse final de semana e não acreditei ao perceber que ele é de 1995. Ele tem 25 anos. Tinha a impressão de que ele era pelo menos dos anos 2000. Estava errado, mas isso não é o importante. O que realmente vale ser mencionado é que “Seven: Os Sete Crimes Capitais” ainda é um filmaço. Me impactou bastante na época em que o vi e não perdeu nada da sua aura de suspense e aquela sensação de que o mundo é muito macabro.
Sinopse: “A ponto de se aposentar, o detetive William Somerset (Morgan Freeman) pega um último caso, com a ajuda do recém-transferido David Mills (Brad Pitt). Juntos, descobrem uma série de assassinatos e logo percebem que estão lidando com um assassino que tem como alvo pessoas que ele acredita representar os sete pecados capitais.”
É muito bom revê-lo depois de um bom tempo. Consegui captar detalhes que não era capaz de notar quando mais jovem. A tentativa de transformá-lo em um filme “noir” é certeira. Aquele clima chuvoso, cinzento, triste junto com personagens depressivos com aqueles sobretudos completados por um chapéu, e um crime. O diferencial é que não é apenas mais um crime, é uma obra de um serial killer usando os sete pecados capitais como base. Tal assassino é perturbado, mas muito inteligente com base em suas crenças religiosas.
O longa se desenrola como um grande thriller de mistério que culmina em um dos maiores finais do cinema. Ele me impactou na primeira vez que vi e me impactou novamente ao rever o que esse serial killer era capaz de fazer. Algo que ninguém espera, mas que você consegue enxergar imediatamente a genialidade aplicada em cena. Tudo é perfeito durante o clímax, e caso você não goste de todo o desenrolar, certamente irá se arrepiar com esse final.
Tudo isso se deve a ótima direção de David Fincher, que na época não tinha o grande currículo que tem hoje, por ser um diretor iniciante. Antes de Seven, o diretor tinha feito poucas coisas, entre elas a mais significativa seria a direção de Alien 3 (1992), que apesar de ter tido suas asas cortadas na produção, já mostrava o seu talento. Estourou com Seven e o que veio depois disso é história. Na sua filmografia temos filmes como Clube da Luta (1999), O Quarto do Pânico (2002), Zodíaco (2007), A Rede Social (2010), Garota Exemplar(2014), só para citar alguns de sua grande lista de sucesso.
O trio principal de atores é monstruoso. Temos um Morgan Freeman (Invictus) experiente, inteligente e cuidadoso; um Brad Pitt (Os 12 Macacos) jovem, um tanto inexperiente e com problemas emocionais que ditarão o clímax; e um Kevin Spacey (Beleza Americana) preciso, diabólico e maquiavélico, fazendo um dos melhores papéis de sua carreira. Não menos importante que esse trio também temos Gwyneth Paltrow (Shakespeare Apaixonado) que vive a mulher de Pitt, uma personagem triste e deprimida por ter se mudado para a nova cidade.
A minha única crítica negativa para o filme é o fato dele se passar em apenas 7 dias, provavelmente para fazer alusão aos pecados capitais. Esse detalhe não me convence que personagens que não se conhecem se tornem tão íntimos em pouco tempo a ponto de terem tanta empatia uns pelos outros. Tirando esse pequeno e único detalhe, o resto é uma obra-prima que deve ser apreciada. Se já viu, sabe do que estou falando, se nunca viu, VEJA.