Sandman – 1ª Temporada
Originalmente, Sandman foi uma história publicada pela Vertigo, selo da DC Comics, escrita por Neil Gaiman e lançada em 1988. Ela se tornou multipremiada e muito bem avaliada entre crítica e público. Desde então, sempre houve uma tentativa de transpor a obra para o cinema. Todas as ofertas foram negadas por Gaiman, pois ele queria que fosse feita do jeito certo. 34 anos se passaram de sua estreia nos quadrinhos e enfim vimos uma adaptação que foi supervisionada pelo próprio criador em formato de série. Embora não seja perfeita, o mundo fantástico de Sandman foi adaptado para a tela de um jeito muito fiel e que imediatamente conquistou o público apaixonado pelo personagem ao mesmo tempo que conseguiu angariar novos fãs.
Sinopse: “Um outro mundo nos aguarda quando fechamos os olhos para dormir: um lugar onde Sandman, o Senhor dos Sonhos (Tom Sturridge), dá forma aos nossos mais profundos medos e fantasias. Quando Sonho é capturado e fica preso por um século, sua ausência desencadeia uma série de consequências tanto no mundo dos sonhos quanto no mundo desperto. Para restabelecer a ordem, ele precisa cruzar diferentes mundos e linhas do tempo para consertar os erros de sua longa existência, encontrando pelo caminho velhos amigos e inimigos, e também conhecendo novas figuras – cósmicas e humanas.”
Nunca li nada dos quadrinhos de Sandman, mas já sabia muito de sua história por aí. Já tinha uma pré concepção do que esperar da série e com algumas informações pude apreciá-la de uma forma como já conhecesse absolutamente tudo. Então não posso dizer que cheguei aqui completamente avulso e sem nenhuma bagagem. Dito tudo isso, devo salientar que o que eu vi foi simplesmente lindo e arrebatador. Tramas bem elaboradas e personagens fantásticos mais incríveis do que os outros.
Como adiantei antes, não achei ela perfeita. Consegui considerar alguns problemas que acabaram se acumulando. No meu ver, nada que a fizesse ser um fracasso ou algo ruim. A nova geração de pessoas clama por coisas ligeiras e resoluções mais rápidas ainda. Nesse quesito, a série realmente peca. Ela é morosa em alguns momentos a ponto de fazer o espectador pensar em outras coisas. Considero esse um detalhe ínfimo diante da grandiosidade da história que pede por esses momentos mais contemplativos para elaborar a história maior.
Em muitos momentos ela é bem filosófica a ponto de pensarmos nos confins do universo e como não somos praticamente nada na existência. Seres fantásticos se misturam junto com nossas vidas terrenas e temos um resultado incrível.
Gostaria de destacar dois episódios que conseguiram me marcar demais: o 5º e o 6º. O primeiro citado é incrível por ser uma experiência genial de uma condução narrativa coesa com o que há de pior no ser humano. Ele se passa todo em uma lanchonete e acompanhamos de um lado para outro o cerne do que é ser humano. Fantástico. O segundo episódio que citei nos conta duas histórias diferentes, uma com a Morte, irmã de Sandman, e a outra é a história do homem que se encontra com nosso protagonista de 100 em 100 anos. Ela é simples, mas mostra toda a essência do que é Sandman.
Gostaria de me alongar mais e dissecar essa série do início ao fim. O problema é que seria um texto gigantesco e tento me ater apenas a pequenas impressões do que foi visto. Dessa forma, termino dizendo que Sandman não é apenas para ser visto, ele merece ser degustado para se ter uma experiência completa. Ela possui muitos detalhes e nuances que talvez você só perceba vendo de novo. Até o momento desse texto a série ainda não teve uma 2º temporada confirmada, mas espero que em breve isso aconteça.