Samaritano

Muito anos antes dos super-heróis dominarem os blockbuster, os brucutus, dominavam as telas como soberanos. Nos anos 80, período pós-guerra do Vietnã, foi a época do escapismo, onde se queria puro divertimento, adrenalina e uma boa dose de nacionalismo americano. Foi nesse momento, que filmes estrelados por Arnold Schwarzenegger, Jean-Claude Van Damme  e Sylvester Stallone. Passadas décadas, MGM e Balboa Productions tiveram a brilhante ideia de unir o super-herói (soberano no gosto popular) e brucutu em um mesmo filme. “Samaritano”, estrelado por Stallone, chega diretamente ao streamming pela Amazon Prime Video,  com a pura proposta de divertir e consegue.

Na trama, Sam (Javon Walton) é um menino de 13 anos que mora em um bairro pobre de periferia com sua mãe. Como em muitos lugares do mundo que são acometidos pela desigualdade social, para os meninos do bairro a forma mais fácil de ganhar dinheiro é fazer parte de uma gangue de bandidos, mas Sam é um pouco diferente, ele sonha em encontrar o herói aposentado Samaritano, e ao que tudo indica, Joe (Stallone) um senhor de forma física invejável e catador de lixo pode ser seu herói que se esconde.

 

O filme conta com cenas de violência visceral, o diretor Julius Avery (Operação Overlord) optou por não polpar nem mesmo as crianças das grandes surras e perda de sangue. Por isso, apesar de ser coestrelado por um menino,  passa longe de ser uma aventura aos moldes de sessão da tarde.

Como era de se esperar, há sim uma reflexão como que o mea culpa “redentora” de um brucutu arrependido, as vezes até mesmo fugir é mais nobre do que a violência física. Bater em uma pessoa desconhecida não é inteligente, não te torna mais forte. E nunca é tarde para mudar e escrever um novo final para a história da sua vida.