Pinóquio (2019)
Em 2002, o ator e diretor Roberto Begnini (A Vida é Bela) estrelou e dirigiu o filme “Pinóquio” no papel do próprio boneco. Em 2019, o diretor Matteo Garrone que se consagrou por filmes como “Dogman” (2018) e O “Conto dos Contos” (2015), lançou um filme homônimo com atuação do próprio Beningi que já mais velho, dessa vez interpreta Gepeto, pai e criador de Pinóquio.
A história é velha conhecida do público já que esta é uma história criada pelo autor Carlo Collodi, que além de vários livros ganhou uma popular versão em desenho da Disney em 1940. Aqui o diretor lançou mão da fantasia como maior recurso do longa quase deixando de lado os populares efeitos de computador e abusando da atuação e indumentárias. É como assistir a uma mistura de teatro e filme mais antigo. Para aproveitar a aura desta fabula ao máximo é preciso embarcar no mundo que nos é proposto.
O filme é um mundo de sonhos com lindas músicas e aura lúdica. A lição é a mesma de sempre, ser bom, honesto e trabalhar duro para ser recompensado. Temos aqui um Pinóquio mais rebelde do que os anteriores e cenas um pouco mais chocantes sobre as consequências de seus atos.
Vale ressaltar a brilhante atuação de Benigni ao fazer de Gepeto um homem amoroso, crédulo e pobre capaz de sacrificar tudo por seu filho de madeira. Outro ponto interessante é o Grilo Falante que como sempre é a consciência de Pinóquio, mas ao invés de desenho um grilo em si, temos o ator Davide Marotta fantasiado de grilo. Pedida obrigatória para quem gosta de ver uma fabula lúdica, emocionante para sonhar.