O Exorcismo

Há apenas um ano, Russell Crowe (Gladiador) nos impressionou com seu primeiro protagonismo em um filme de exorcismo e possessão demoníaca ao interpretar um padre em “O Exorcista do Papa” do diretor Julius Avery (Operação Overlord). Desta vez, retorna ao gênero em um papel extremamente diferente neste longa que presta homenagem aos originais do gênero, mas traz algo inovador repleto de metalinguagem e temas pertinentes.

Na trama, Anthony Miller (Crowe) é um ator que caiu em ostracismo pelo vicio em bebidas e drogas, lhe é oferecido o papel de padre exorcista em um filme de baixo orçamento. Enquanto isso, sua filha Lee (Ryan Simpkins) de 16 anos retorna para viver com ele após ser suspensa de um colégio interno. O vício de Anthony, a perda da esposa, os conflitos com a filha e seus traumas do passado envolvendo padres vem à tona ao longo das filmagens que parecem atrair algo demoníaco.

 

O tempo todo o filme faz alusão a “O Exorcista” (1973) de  William Friedkin, obra-prima do terror, sem utilizar seu nome. É como se fosse uma refilmagem do clássico só que com outro nome, Georgetown Project (onde foi filmado O Exorcista). Apesar da referência clássica, “O Exorcismo” nos faz lembrar outro clássico do terror, “O Iluminado” (1980) de Stanley Kubrick. Uma vez que o tempo todo é feito um paralelo entre o uso de psicotrópicos e álcool que tornam um homem abusivo,  com forças sobrenaturais.

Repleto de sustos na hora certa, clima de tensão, personagens cativantes, tema que traz drama junto com o filme dentro do filme, roteiro redondo e direção inspirada de Joshua John Miller (Terror nos Bastidores), este novo longa é o refresco inovador que faltava à um subgênero batido.