Nosferatu (2025)

Dracula foi o personagem mais adaptado para o cinema! Nosferatu foi um filme do Expressionismo alemão feito em 1922 com a premissa de ser uma adaptação de Dracula, porém com modificações para evitar processos da viúva de Bram Stoker, criador do personagem. Contudo, o diretor F.W. Murnau e roteirista Henrik Galeen, acabaram com isso criando um novo seguimento de filmes e um novo personagem. Em 1979, ganhando uma versão do renomado Werner Herzog, e até mesmo uma no ano passado pelas mãos de Robert Eggers (A Bruxa). Em terras nacionais ele também ganhou sua versão no cinema marginal, um curta-metragem com direção de Ivan Cardoso e atuação de Torquato NetoNosferato no Brasil (1971). Cristiano Burlan que assina direção, roteiro, produção e montagem, lança então este filme experimental e teatralizado trazendo um Nosferatu mais contemplativo como pano de fundo para outros temas, sem deixar de prestar certa homenagem a obra de Cardoso.

A trama, um pouco confusa, traz vários monólogos teatrais, especialmente de mulheres, contemplando serem mal imortalizadas pelas lentes de um diretor, ou descartadas por um antigo amante, ou até mesmo questionando o envelhecimento que em nossa sociedade parece acometer muito mais as mulheres. Com participação especial de Helena Ignez.

A figura de Nosferatu neste filme em preto e branco com belíssima fotografia, serve muito mais como um espectador contemplativo para as queixas femininas, enquanto parece confrontar o peso da imortalidade. Sem dúvida, um filme de arte feito para agradar a uma parcela muito específica do público.

Programação:

Sexta (10/10) 20:30 – Cine Santa Teresa

Sábado (11/10) 20:30 – Cine Carioca José Wilker 1

Domingo (12/10) – 13:30 – Cinesystem Belas Artes 2