Meu Nome é Dolemite
Eu amo demais o cinema, e só ele para me proporcionar algo tão bom e divertido quanto esse filme. Não o vi na época que saiu, mas ouvi falar muito bem dele, ainda mais de Eddie Murphy no papel do protagonista. Não fazia ideia de que era baseado em uma história real, o que deixa tudo muito melhor e mais interessante. A história de Rudy Ray Moore realmente é incrível e mereceu ser contada. Infelizmente, foi esnobado pelo Oscar, mas o meu coração certamente ele tem.
Sinopse: “Vendedor de discos em uma loja pequena e comediante de pouco sucesso, Rudy Ray Moore (Eddie Murphy) vê sua vida mudar quando começa a ouvir as histórias das ruas para renovar seu repertório, inserindo piadas sujas e repletas de palavrões. Não demora muito para que ele faça imenso sucesso, migrando o sucesso nas casas de show para discos extremamente populares, entre a população negra norte-americana. Decidido a ampliar seus horizontes, Rudy decide rodar por conta própria um filme estrelado por seu alter-ego Dolemite, um cafetão bom de briga que sabe lutar kung fu. O que ele não imaginava era que fazer cinema fosse algo tão complicado quanto conseguir que seu filme seja exibido em circuito comercial.”
Fazia tempo que não via algo tão divertido e leve. Pensei que ele me levaria para uma veia dramática, mas não foi o que aconteceu e isso me deixou feliz. Toda vez que vemos uma biografia no cinema esperamos pela luta pelo sucesso, a glória e logo depois a decadência. Não foi o que aconteceu. A luta está aqui, a glória também está, mas a decadência não. Até existe um drama para ver que as coisas não são exatamente fáceis, mas ele é brando e o que vibra mais nele é a comédia. Não te faz gargalhar, mas faz rir e se sentir empático a todos os personagens, incluindo, lógico, nosso protagonista.
Eddie Murphy (O Professor Aloprado) está com tudo aqui. Realmente compramos a ideia dele e vibramos com as conquistas do personagem ao longo do tempo. Ele merecia ao menos uma indicação ao Oscar sim, mas tudo bem, acontece. Não só ele está bem, como todo o elenco coadjuvante também é de bater palmas em pé. Os seus parceiros da vida vividos por Keegan-Michael Key (O Predador), Mike Epps (Se Beber, Não Case!), Craig Robinson (É o Fim), Tituss Bugess (Unbreakable Kimmy Schmidt) te Da’Vine Joy Randolph (This Is Us) são ótimos, mesmo com menos tempo de tela. Wesley Snipes (Blade) aparece em um determinado momento e também está fantástico. Não me lembro de ver ele tão solto, feliz e caricato ao mesmo tempo. Nota 10 para esse elenco. Assim como toda a sua produção, tudo perfeito.
Fica então minha recomendação máxima a esse filme. Foi lançado em outubro de 2019 e pode ser encontrado no catálogo da Netflix. Se já viu, provavelmente está concordando comigo, caso não tenha visto, fica aí a indicação.
Ao saber que Rudy Ray Moore foi um dos precursores do rap, fui em busca de um pouco mais de informações sobre ele. Fiquei triste ao saber que ele faleceu em 2008, mas descobri que ele fez inúmeros filmes, além de participações em séries ao longo dos anos. O meu maior achado foi saber que o filme Dolemite, que mostra a produção em Meu Nome é Dolemite, está inteiro no YouTube, quer dizer, algumas cenas cortadas devido a censura, mas tirando isso está completo lá, e acho que vale a conferida.