Madea e o Casamento nas Bahamas
Madea e o Casamento nas Bahamas é mais uma comédia da popular franquia criada e estrelada por Tyler Perry, onde ele dirige, roteiriza e também atua. Além de fazer a personagem do título, também interpreta outros personagens altamente caricatos. Posso estar errado, mas acho que essa é a primeira vez que me aventuro assistindo algo dessa franquia. Embora ela não seja do estilo que gosto, preciso confessar que teve momentos em que ri, por mais que me sentisse culpado por rir de coisas tão absurdas e, muitas vezes, sem graça. Fato é que esse longa não é para mim, mesmo assim consegui me divertir minimamente.
Sinopse: “A icônica e hilária Madea (Tyler Perry) viaja com sua família para as paradisíacas Bahamas para o casamento de sua sobrinha-neta, Tiffany (Diamond White). O que deveria ser uma celebração alegre rapidamente se transforma em um festival de confusões e desventuras típicas da família, com Madea, como sempre, no centro de tudo, tentando resolver os problemas com sua sabedoria peculiar e métodos nada convencionais. Entre brigas familiares e situações inesperadas, a viagem de núpcias vira uma aventura inesquecível e caótica.”
Esse é o 13º filme do Universo Madea e o 6º que é lançado diretamente na Netflix. Isso demonstra a longevidade e o sucesso da personagem e das histórias que a envolvem. No Brasil, não sinto tanto essa força, mas é sabido que nos Estados Unidos essa franquia é grande e muito querida por boa parte do público. Ele é voltado muito para pessoas que gostam de um humor descontraído, com a dose usual de caos familiar e com algumas mensagens de moral e valores cristãos. Esse tipo de humor também é, muitas vezes, raso e um pouco sem noção. Diria, em boas palavras, que ele é bem popularesco e não faz questão de ser inteligente.
No meio dessa bobeira que eu costumeiramente não iria gostar, acabei me divertindo em certos momentos. Notar que o roteiro parece uma grande improvisação me pegou de forma positiva. A quantidade de besteiras que saem das bocas dos personagens são tão absurdas que me fazia rir, mesmo que a contragosto. Quando ele fica em formato de esquete, nos mostrando situações cotidianas que essa família passa, se torna bom. São de 3 a 5 minutos em um único lugar com um texto absurdo e com personagens falando sem parar.
O ponto negativo é que tudo isso cansa. Como uma esquete separada funciona muito bem, mas como um filme longo, cansa e causa uma fadiga que me fez querer que o filme acabasse logo. Não estava aguentando mais tanta gente sem noção em tela. O único personagem são é o Brian, vivido por Tyler Perry. Ele tem que aguentar toda essa família maluca e cara de pau que vive às custas dele e nem pode reclamar. Sem contar também que a história em si é boba e bem clichê. Nota-se que essa é uma produção barata e feita a toque de caixa. Até aí tudo bem, o problema é não ter um esmero maior.
Madea e o Casamento nas Bahamas não foi feito para mim, mas conseguiu me divertir em determinados momentos. Acredito que os verdadeiros fãs vão amar mais essa aventura louca aprontada pelos membros dessa família que é encabeçada por Madea. Ele serve bastante para mostrar os dotes de Tyler Perry que, quando se transforma em Madea ou Joe, o show chega e deixa tudo mais engraçado e absurdo. Se não conhecer nada da franquia, mas busca por algo leve e com dinâmicas familiares, essa pode ser uma boa pedida.