Jurado N° 2
Com roteiro de Jonathan A. Abrams, a trama gira em torno de um julgamento e se dá principalmente através da visão de Justin Kemp (Hoult), um dos membros do júri que quer voltar logo para casa pois sua esposa está esperando um filho no que parece ser uma gravidez de risco, uma vez que eles perderam o primeiro bebê. Desde o início, somos levados a crer que Justin é uma ótima pessoa, um ótimo marido e tem tudo para ser um ótimo pai. Já Vince (Phil Biedron), acusado de assassinar a namorada, sempre exibiu comportamentos violentos e abusivos. Mas uma coisa é certa, Justin à atropelou acidentalmente, enquanto Vince não tem nada a ver com o ocorrido.
Os personagens que compõem o júri são pessoas completamente diferentes, representando as diversas faces da sociedade. Um tem certeza dá culpa do acusado e prefere ignorar evidências contrárias, outro é a favor da massiva investigação mesmo que tenha que burlar as regras, alguns estão completamente divididos e outros unicamente querem ir para casa independente das vidas que suas decisões colocam em risco.
Quem merece ser condenado? A boa pessoa que cometeu um acidente ou o abusador que ainda não matou ninguém? Dizer mais seria estragar a experiência que merecia ser vivida em tela grande. Todo esse questionamento vem envolto na brilhante direção de Eastwood que o tempo todo faz uso da câmera para mostrar o que se passa sem a necessidade de diálogos intermináveis.