Festival do Rio: Lynch/Oz
“Lynch/Oz” foi idealizador por Alexandre O. Philippe, diretor de outros documentários como “Leap of Faith: William Friedkin on The Exorcist” e “The People vs. George Lucas”. Seu estilo é utilizar elementos característicos do estilo de filmagem e estética de seus homenageados nos documentários. Esta produção não tem a intenção de contar a história da vida de David Lynch, nem tão pouco a história da feitura de “O Mágico de Oz” (1939) de Victor Fleming. A intenção aqui é exaltar a importância cinematográfica do filme e traçar um paralelo apontando semelhanças entre ele e a obra de Lynch.
O documentário é feito em estilo impressionista, fugindo um pouco do lugar comum ao qual estamos acostumados. Sem grandes depoimentos, fatos e contando apenas com alguns pequenos fragmentos de entrevistas de David Lynch. O filme é dividido em 6 atos, cada um deles contando com opiniões de um diretor (como John Waters), apontando onde vê elementos de “O Mágico de Oz” nos trabalhos de Lynch. Por fim, eles acabam abrindo suas próprias obras, e as influências que o longa teve em seus próprios trabalhos. O filme segue a estética de Lynch, suas cores, cortinas e sons com trechos de seus filmes e séries sendo mostrados e analisados.
Nada é confirmado, por fim, fica a critério do espectador concordar ou não com os pontos levantados pelos cineastas e bem amarrados por Alexandre O. Philippe. Um filme leve, interessante para fazer pensar sobre como filmes que vimos quando crianças, como o próprio “O Magico de Oz” ficaram no nosso imaginário coletivo moldando nossas vidas.