Festival do Rio: Deadstream
Deadstream é um terrir muito interessante. Inicialmente parece algo extremamente bobo, nos fazendo questionar se aquilo está acontecendo na vida real (recurso utilizado em “A Bruxa de Blair”), ou se é uma comédia lado B. Tudo muda de figura quando os acontecimentos começam a escalonar chegando à um terror com bastante gore e certa credibilidade. É impressionante como um filme que inicialmente parece bobo, com poucos cenários e poucos atores consegue funcionar.
A trama gira em torno de Shawn Ruddy, um famoso youtuber bem bobalhão, infantil e egocêntrico que está tentando se recuperar de um cancelamento. Ele vai a uma casa remota supostamente assombrada caindo aos pedaços para transmitir ao vivo, com o apadrinhamento de um patrocinador. Lá toma uma decisão absurda atrás da outra, o que chega a irritar o espectador. Tudo isso passa quando a brincadeira vira coisa séries, enquanto os fãs da internet que assistem à live tentam ajuda-lo ou torcem para o seu fim.
O longa dirigido e protagonizado por Joseph Winter, e roteiro co-assinado por ele e sua esposa Vanessa Winter parece ter dois intuitos. Um, de ser um filme de terror com baixos recursos que consegue trazer bastante entretenimento. Outro, é mostrar a vidas das celebridades da internet, tanto a falsidade por trás de suas desculpas esfarrapadas e megalomania, enquanto o quanto estão dispostos a se expor colocando até mesmo suas vidas em risco por um like.
Quem o assistem em tempo real, que ele chama de “internet” chega a ser outro personagem na trama. Tanto as pessoas que lhe mandam vídeos querendo ajuda-lo a escapar com vida dos terrores da casa, quanto dos que mandam mensagens por escrito ajudando ou torcendo contra, mostrando que todos que se expõe online tem forças de mesma intensidade entre fãs e haters.
Programação:
Terça, 08/10 21:30 Estação NET Rio 2
Quarta, 09/10 14:00 Reserva Cultural Niterói 3
Sábado, 12/10 18:00 Cine Santa Teresa
Quarta, 16/10 14:00 Estação NET Gávea 2