Era Uma Vez Um Gênio
‘Era Uma Vez Um Gênio’ é o primeiro filme dirigido por George Miller desde Mad Max: Estrada da Fúria que teve o seu lançamento em 2015. São sete anos de espera para ver a mais nova produção do diretor. A expectativa em cima dele estava grande. Ainda mais porque tem no elenco grandes nomes como Idris Elba (O Esquadrão Suicida) e Tilda Swinton (Precisamos Falar Sobre o Kevin) e por se tratar também de uma história de fantasia. Infelizmente, a expectativa não foi alcançada. Não que ele seja ruim, mas ficou bem abaixo do esperado.
Sinopse: “Enquanto participava de uma conferência em Istambul, a Dra. Alithea Binnie (Tilda Swinton) encontra um “djinn” (Idris Elba), o que no ocidente, é comumente denominado como “Gênio”. A criatura lhe oferece três desejos em troca de sua liberdade, e isso apresenta dois problemas: primeiro, ela duvida que ele seja real, e segundo, por ser uma estudiosa de histórias e mitologia, ela conhece todas as histórias de advertência sobre desejos que deram errado. O djinn defende seu caso contando histórias fantásticas de seu passado e, eventualmente, ela é seduzida e faz um desejo que surpreende os dois, o que leva a consequências que nenhum dos dois esperava.”
A expectativa é a mãe das frustrações. Culpa minha nesse caso ou poderia ter sido enganado pela condução de como as coisas são mostradas no trailer? O fato é que vou tentar julgá-lo com a razão e tentarei deixar minhas emoções de lado. Dito isso, é fato de que o longa não é ruim, mas talvez tenha sido conduzido de uma forma errônea. O seu ritmo é lento demais e mesmo quando estamos viajando com algumas histórias fantásticas, ao voltar para o presente esse peso da lentidão bate forte, pois parece que a trama não está indo para a frente.
O seu início nos leva a crer que vamos em uma direção que no final não dá em nada. A ligação de suas visões iniciais com o fato de achar a garrafa do gênio para mim foi simplesmente aleatória. Não temos uma conexão real, apenas uma preparação para outro caminho. Nesses minutos iniciais também fica determinado que nossa protagonista é uma especialista em histórias e mitos e isso tem um contexto grande para o momento seguinte da projeção.
A história começa pra valer mesmo quando o gênio aparece. O problema é que ele está diante de uma especialista que sabe que quando existem situações onde possuem desejos na história, isso nunca acaba bem. Por isso, ele começa a contar a história de sua vida e como acabou aprisionado pela 3º vez dentro de uma garrafa. Esses contos, sem dúvida, são as melhores coisas de todo o filme, pois vamos para o passado e ouvimos histórias realmente boas.
Mesmo assim, elas nos deixam com algumas dúvidas que não serão sanadas. Personagens entram e saem e não sabemos o que aconteceu com cada um deles depois disso. Tudo bem, isso é somente o que sabemos pela memória do gênio, mas dá uma sensação de que tais fatos não eram tão importantes assim ou que são artimanhas somente para fazer o nosso coprotagonista ser levado a ser encarcerado por anos em um espaço confinado.
Tentei escrever de forma racional. Acho que acabei conseguindo, mas posso ter deixado o coração falar um pouco nisso aí também. O importante é dizer que ele não é perfeito. Possui um ritmo lento mas pode divertir bastante. É possível se divertir bastante com ele. Principalmente nos momentos em que voltamos ao passado. É tudo muito lindo e muito rico em se tratando de direção de arte. É uma pena que ele não tenha sido um pouco melhor.
‘Era Uma Vez Um Gênio’ estreia nos cinemas no dia 1º de setembro.