O mercenário mais tagarela do mundo está de volta e por mais incrível que pareça, ainda consegue estar mais insano e com muito mais ação do que o seu debut de 2016. Todo o elenco sobrevivente do primeiro está de volta nessa continuação com novas adições muito bem-vindas, mas com uma troca na direção, sai Tim Miller e entra David Leitch (Atômica e John Wick – De Volta ao Jogo) que entende perfeitamente de pancadaria e cenas explosivas. Nesse caso, podemos ver que ele foi a melhor escolha para direção e conseguiu deixar essa continuação em um nível maior que o seu antecessor.

Sinopse: “Depois de sobreviver um ataque bovino quase fatal, um chef de cafeteria desfigurado (Wade Wilson) se esforça para concretizar seu sonho de se tornar o melhor bartender de Mayberry enquanto precisa aprender a lidar com seu paladar perdido. Procurando ganhar novamente o gosto pela vida, assim como um capacitor de fluxo, Wade precisa enfrentar Ninjas, a Yakuza e um grupo de caninos sexualmente agressivos durante sua jornada ao redor do mundo para descobrir a importância de família, amizade e sabor – encontrando um novo gosto pela aventura e passando a merecer o cobiçado título de caneca de café de Melhor Amante do Mundo.”

Se por acaso estiver pensando coisas como: “o roteiro é bom?”, “as coisas fazem sentido?”, esquece. Não podemos julgar um roteiro em que o próprio filme para e diz: “nosso roteiro é horrível”. Apenas curta o que nos é entregue do início ao fim, e olha que é muita diversão. São muitas piadas e para quem curte cultura pop, então, está feito, pois são muitas referências e é simplesmente impossível ficar sério durante a duração do longa.

Se você pensa que o filme só tem piada, está errado. Uma boa parte dele é bem calcada no drama. Tem algumas partes realmente bem dramáticas que nos fazem torcer para que a comédia volte logo, mas são poucas e pontuais. Temos um pouco de drama para mover um pouco a trama para a frente e para não termos dilemas vazios. Um dos grandes motivos para isso, é a chegada de Cable ao nosso tempo presente, vivido por Josh Brolin (Vingadores – Guerra Inifita), que deixa a trama mais densa e com um propósito cruel que rivaliza até mesmo com o maluco do Deadpool, vivido por Ryan Reynolds (X-Men Origens: Wolverine).

As cenas de ação também são maravilhosas. Começando pela coreografia das lutas que está muito mais brutal e poderosa, até as cenas de pura adrenalina. Citando aqui, principalmente a sequência da perseguição do comboio pelas ruas que nos rendem cenas espetaculares graças aos poderes da Domino, vivida por Zazie Beetz (da série Atlanta), e por ter o poder da sorte, deixa as coisas bem cinematográficas.

Desde já, temos aqui se não a melhor, umas das melhores cenas pós-crédito da história do cinema. Quem é fã da Marvel e fã dos X-Men vai simplesmente amar e gargalhar. Esperemos que tenha uma continuação como Deadpool 3, ou até mesmo como X-Force, que aqui temos um esboço do que poderá ser a equipe de elite dos mutantes e que rende piadas de gargalhar alto na sala de cinema. E se preparem também para algumas participações especiais como: um personagem clássico, personagens da mesma franquia como easter egg e até mesmo a participação de um ator famoso em um papel não creditado.