Brinquedo Assassino
A nostalgia geralmente é algo bom, mas em alguns casos ela pode ser nociva. Em casos de remake de filmes no cinema podemos simplesmente não aceitar o novo de uma forma boa e com a mente aberta. As vezes se prender a esse sentimento pode estragar a experiência e simplesmente odiar o que está vendo. Sou muito fã do longa original (1988), lembro de ver ainda criança e ter me divertido muito, mas confesso nunca mais ter revisto. Para o bem da minha alma, não ter revisto pode ter me ajudado a aceitar essa nova versão de uma forma bem melhor do que meus colegas.
Sinopse: “Um boneco altamente tecnológico adentra a vida de um grupo de crianças. Mal sabem elas que o boneco está amaldiçoado e vai trazer todo tipo de horror para o dia a dia delas. Reboot de Brinquedo Assassino.
A primeira coisa que gostaria de comentar é a atualização para os tempos atuais. O nosso querido Chucky deixa de ser apenas um boneco sem vida, para um brinquedo de alta tecnologia que consegue se conectar a todos os produtos da Kaslan (empresa que produz o boneco). Pode controlá-lo apenas com o sistema de voz ou com aplicativos do celular (bem atualizado para os tempos de hoje sim). Então, devido a isso, sua origem não é igual ao original e nem um pouco “charmosa”, é bem mais simples, o que já pode irritar a galera mais xiita, mas isso também da margem para situações novas bem divertidas.
Apesar de certas mudanças na origem, consegui curtir muito. Ele tem o seu suspense, mas achei bem tranquilo. Tem seus momentos de comédia, daquelas de fazer gargalhar mesmo pelas situações causadas pelo boneco, mas que fazem sentido com a situação da história. Suas cenas de morte beiram ao gore, o que pode causar algumas viradas de olho para fora da tela. Achei o menino protagonista muito bom, vivido por Gabriel Bateman (Quando as Luzes se Apagarm), ele é muito convincente nas suas cenas de choro e me conquistou facilmente. A voz do nosso boneco do inferno é feita por Mark Hamill (nosso eterno Luke Skywalker), e não poderia ter sido uma escolha melhor que essa.
Cá entre nós, quem em sã consciência compra esse boneco feio do inferno? Pra começar, nunca teria comprada essa aberração, pois ele é feio demais. Parece que passou por embelezamento facial. Annabelle é outra que “Deus me livre”. Depois essa galera morre toda e não sabem o motivo. Tirando meu pequeno desabafo sobre a beleza de tal ser, digo que o longa é divertido e me deixou satisfeito. Entendo completamente quem não gostou, pois algumas cenas são um pouco mal feitas e vexaminosas, mas consegui passar por cima disso e me divertir.