Bohemian Rhapsody
Quem não gosta de Queen boa pessoa não é. Se você não conhece me pergunto de que planeta você veio e peço encarecidamente que pare de ler e vá escutar. Brincadeiras a parte (ou não), Queen é uma das maiores bandas de rock de todos os tempos. Criada em 1970 e ativa até 1991 (com sua formação clássica). É principalmente conhecida por seu vocalista, Freddie Mercury, por clássicos como o nome título do longa e outros como “We Will Rock You”, “We Are The Champions”, “I Want To Break Free”. Aqui, temos toda a carreira da banda, culminando no mais importante show deles: a apresentação no Live Aid em 1985.
Sinopse: “Bohemian Rhapsody é uma celebração exuberante do Queen, sua música e seu extraordinário cantor principal Freddie Mercury, que desafiou estereótipos e quebrou convenções para se tornar um dos artistas mais amados do planeta. O filme mostra o sucesso meteórico da banda através de suas canções icônicas e som revolucionário, a quase implosão quando o estilo de vida de Mercury sai do controle e o reencontro triunfal na véspera do Live Aid, onde Mercury, agora enfrentando uma doença fatal, comanda a banda em uma das maiores apresentações da história do rock. Durante esse processo, foi consolidado o legado da banda que sempre foi mais como uma família, e que continua a inspirar desajustados, sonhadores e amantes de música até os dias de hoje.”
Impossível ser fã da banda e não se emocionar, e olha que nem sou um fã fervoroso. Mesmo assim, é impossível não querer levantar da cadeira e cantar junto em todas as músicas. Ver como o Queen foi criado, junto com a criação das músicas mais famosas. E mais, as tretas entre os músicos da banda são sensacionais. Tudo é mostrado de um jeito bem natural com leve toque de comédia. Ver a ascensão e a decadência também faz parte da experiência e nos faz sentir a solidão que era a vida do vocalista até ele se reerguer das cinzas e conseguir enfim ser feliz.
A direção inicialmente era de Bryan Singer (X-Men: O Filme), que era um projeto muito especial e pessoal para ele. Rumores dizem que foi demitido por ter brigado nos bastidores com Rami Malek (da série Mr. Robot), que faz Freddie Mercury aqui. Apesar dos problemas nos bastidores, não conseguimos ver tais problemas durante a projeção. Toda a produção da época é maravilhosa e a transformação dos atores nos músicos da banda também é espetacular. Todos os trejeitos peculiares de cada um estão lá.
Tenho que falar do ponto alto do longa. O clímax é simplesmente a apresentação triunfal da banda no Live Aid (evento de rock realizado para arrecadar dinheiro para combater a fome na Etiópia em 1985). As maiores bandas de rock do mundo se apresentaram, mas ele não teria sido tão marcante se o Queen não tivesse tocado. Conseguiram retratar quase que 100% da apresentação deles. Se colocarem o vídeo original e o filme lado a lado verão que é quase uma cópia total. A sequência é incrível, mas tenho que falar da única coisa que me incomodou muito: a tela verde. Ela deixou a plateia nitidamente falsa e aquelas pessoas na multidão não me passaram emoção. Tirando isso, o resto é ótimo. Provavelmente alguma coisa se perdeu na edição dessa cena e quero ver a versão inteira dela.
Apesar de Mercury ser a lenda e a história ser mais voltada para ele, não existiria Queen sem os outros membros. É muito legal ver como se tornaram uma grande família desajustada e que no fim precisam uns dos outros. Um ótimo filme biográfico que vai deixar todos empolgados e felizes na poltrona. O final nos mostra o quanto nos falta uma lenda dessas no mundo de hoje em dia. Tempos que não se repetirão, mas que guardamos com carinho na memória. Apesar de eu ser bem pequeno na época, eu me lembro muito bem dos acontecimentos finais da banda e coincidem com o que é passado aqui.