Bloodshot
A maioria do público já está acostumada com os heróis clássicos da Marvel e DC, mas também temos vida além dessas editoras. Bloodshot é um personagem da Valiant Comics criado em 1992 por Kevin VanHook, Don Perlin e Bob Layton. Com um pouco de Frankstein e robôs nanitas que vivem em seu corpo, ele se transforma em um herói que a primeira vista é praticamente invencível. Nunca li nada relacionado ao personagem. Isso é bom, pois consegui vê-lo sem ter que ficar comparando com o material original, e ruim também, porque não tenho uma base sólida para poder julgá-lo completamente.
Sinopse: “Baseado no best-seller da Variant Comics, Vin Diesel protagoniza “Bloodshot” na pele de Ray Garrison, um soldado recentemente morto em combate e ressuscitado como o super-humano Bloodshot da empresa RST. Com um exército de nanotecnologia nas suas veias, Ray é uma força imparável – mais forte do que nunca e capaz de se curar instantaneamente. Mas, ao controlar o seu corpo, a empresa controla também a sua mente e as suas memórias. Agora, Ray não sabe o que é real e o que não é, mas está decidido a descobrir a verdade.”
Eu tenho quase uma certeza de que esse filme vai virar assunto do tipo: “o cinema de herói está saturado?”. Coisas que todo ano escuto, mas se levarem Bloodshot especificamente a esse tópico a resposta vai ser que sim. É uma história de origem nova para o grande público, onde tem até uma interessante reviravolta, mas que no geral você vai olhar e achar mais do mesmo. Essa foi minha sensação, cansativo como filme de herói e nem tão brilhante assim nas cenas de ação também.
Com os mesmos produtores de Velozes e Furiosos, não é de se espantar ver que o papel do protagonista foi dado ao Vin Diesel (Triplo X). Gosto dele como ator de ação, embora ele sempre pareça fazer sempre o mesmo personagem. Aqui ele tá no automático e não chega perto de brilhar. As cenas de ação são fracas e não conseguem fazer jus ao ator. Gostei muito da cena no clímax em cima (dentro, fora) do elevador. Lembrou demais God of War (jogo do Playstation), principalmente por suas câmeras lentas alternadas com a rapidez da porradaria. Mesmo nessa cena que eu gostei, o CGI dela dá pra perceber nitidamente o bonecão, onde vemos que faltou um pouco mais de dinheiro na produção.
Espero realmente que não haja um fracasso na bilheteria. Acredito que outras continuações possam melhorar a história. Uma injeção de dinheiro pode resolver alguns problemas. A leitura do texto pode parecer que achei o filme uma porcaria, mas não é a verdade. Conseguiu divertir apesar de tudo. Quero fazer uma recomendação, vá ver sem saber de muita coisa. Talvez o mínimo de informação pode detonar a reviravolta, mesmo que ela esteja na cara, pois comigo funcionou.