Bad Boys Para Sempre
Eu não sabia que eu sentia tanta saudade dos personagens de Bad Boys até vê-los na tela novamente. Tamanha a minha surpresa ao perceber que já faz 17 anos de diferença para o último lançado e 25 anos do longa original. O tempo passa e não percebemos mesmo. Sempre me sinto velho ao perceber essas comparações. Deixando o momento de contemplação de lado, volto e digo que os Bad Boys retornaram com tudo. Uma franquia que sempre gostei e que pelo jeito, voltaram para ficar de vez.
Sinopse: “Os policiais Mike Lowery e Marcus Burnett se juntam para derrubar o líder de um cartel de drogas em Miami. A recém-criada equipe de elite do departamento de polícia de Miami, ao lado de Mike e Marcus, enfrentarão o implacável Armando Aretas.”
Dessa vez a trama é voltada principalmente para Mike, personagem vivido por Will Smith (Eu Sou a Lenda). Tudo começa com ele e termina com ele. Segredos do passado aparecem e cabe a dupla protagonista resolver mais um caso, mesmo que seja pela última vez. Para mim, a melhor coisa é justamente a relação de Mike com Marcus, personagem vivido por Martin Lawrence (Vovó…Zona). Eles são melhores amigos, quase irmãos, e é muito legal como essa relação se desenvolve até o final. Também é nítido ver a mudança de cabeça, não só dos personagens mas como do mundo atual sobre a violência. Boas piadas são feitas com isso, mas que no final não adianta muito.
Tudo do que mais amo na franquia está aqui: as cenas de ação que são sempre muito boas e o humor, principalmente vindo da dupla protagonista quando começam a conversar. O drama também está presente e de uma forma bem novelão mexicano (uma grande piada criada no próprio longa se tornando quase metalinguística). Logicamente a música clássica também está aqui: “Bad Boys” do Inner Circle. Ela está entranhada na história e aparece em alguns momentos, inclusive em uma cena muito boa com os novos policiais apresentados. Eles trazem uma nova dinâmica de ação e até mesmo com o humor. Entre esses novos personagens também temos Kelly, personagem de Vanessa Hudgens (High School Music). Todos eles são ótimos e me pareceram uma boa adição ao núcleo de atores.
A direção não é mais de Michael Bay como os anteriores, mas ele ainda faz uma pequena participação especial (ele não pode largar o osso completamente, né). A vaga deixada é preenchida por Adil El Arbi e Bilall Fallah (diretores sem nada muito expressivo em suas carreiras). Assumindo pela primeira vez um grande filme vemos alguns problemas. A ação é boa, mas sentimos a falta do diretor anterior aí, que sabe fazer cenas de ação como ninguém e com muitas explosões. No geral, o saldo é bem positivo já tendo uma encomenda para o roteiro de uma quarta continuação. Só posso bater palmas, ficar feliz e esperar por mais um capítulo.
PS: Assim que o filme acaba, são passadas ainda mais duas cenas. Uma mostrando o que vem por aí e outra sendo a continuação de uma das cenas mais hilárias do longa.