Aprendiz de Espiã: Na Cidade Eterna
Aprendiz de Espiã: Na Cidade Eterna é a continuação da comédia de ação Aprendiz de Espiã que foi lançado em 2020. O original é uma boa comédia de ação que visa principalmente um público mais infantil e adolescente. Não é perfeito, mas diverte na medida se tornando uma ótima obra para se acompanhar as tardes em família, sem grandes pretensões. Essa nova empreitada segue os caminhos do primeiro longa e me divertiu na medida certa ao mesmo tempo em que me soava desinteressante em outros diversos momentos.
Sinopse: “Quando o coral da escola de Sophie (Coleman) é selecionado para uma turnê italiana que culmina com uma apresentação para o Papa na Cidade do Vaticano, JJ (Bautista) vê isso como uma oportunidade de criar laços com sua nova enteada. Ele se voluntaria para ajudar a acompanhar o grupo pelos canais venezianos, pelas famosas pontes de Florença e pelos locais mais históricos de Roma. Em vez disso, JJ descobre que ele e Sophie se tornaram peças em um plano terrorista que pode acabar com o mundo como o conhecemos.”
Como adulto a obra me entreteve, mas tenho certeza que se ainda fosse adolescente ele seria muito melhor do que meramente achei. Sendo mais jovem, nós fantasiamos muito mais nossas vidas e imaginamos cenários incríveis que fariam pessoas da sua idade simplesmente te acharem a pessoa mais incrível do mundo. Esse foi meu pensamento vendo este filme e a personagem de Sophie (Chloe Coleman) se tornou o avatar do meu eu do passado. Imagina você ser um agente secreto na época do colégio. Isso seria o máximo. Tudo bem, Sophie não chega a ser oficialmente uma agente, mas age totalmente como uma.
Um dos trunfos do longa é a relação entre Sophie e JJ (David Bautista). Ela agora está mais velha, estando muito mais desenvolta e criando interesses românticos dignos da idade. JJ agora não é mais aquele super agente secreto de outrora, ele tem uma família e precisa cuidar de sua enteada. Ele prefere trabalhar no escritório e o confronto entre gerações com Sophie dará uma dinâmica divertida. Ver qual dos dois é mais esperto dá um certo brilho a trama e deixa tudo mais engraçado.
Tirando isso e os momentos de comédia que estão presentes no longa, a história é a mais genérica possível, e tudo bem. Não dá para esperar uma complexidade de um longa voltado para um público mais jovem. No momento que entendemos isso, a aventura se torna muito mais aprazível e divertida. Os problemas do gênero também estão inclusos e em alguns momentos que a trama tenta se desenvolver, ele se torna bastante monótona a ponto de eu querer pegar o celular para saber se recebi alguma mensagem nova. Ele fica ali, entre o divertido e o “não me importo”.
Aprendiz de Espiã: Na Cidade Eterna é aquele filme completamente indicado para se ver no pós-almoço em família em um domingo a tarde. Ainda acho que o primeiro é melhor pela novidade, embora a energia dos dois seja bem parecida. Ele vale mais pela ação e pela comédia que se apresenta com ótimas tiradas. Embora em alguns momentos ela venha completamente aleatória e forçada. O misto de coisas boas e ruins o transforma em uma obra bem mediana, mas que dá para tirar proveito se visto da forma certa.