Adão Negro

Adão Negro é um personagem da DC Comics, um vilão que podemos chamá-lo de uma versão maligna do nosso herói Shazam. Ele foi criado em 1945 pelo roteirista Otto Binder e pelo desenhista C.C. Beck, ainda na antiga Fawcett Comics. Ele também ganhou seus poderes através do Mago Shazam há cerca de 5000 anos, mas se deixou seduzir pelo poder. Com isso, foi exilado pelo próprio Mago Shazam e despertado nos dias de hoje em busca de vingança. Ele é vilão nos quadrinhos, mas agora estreando na telona e interpretado por Dwayne “The Rock” Johnson o personagem foi suavizado e transformado em um interessante anti-herói.

Sinopse: “Quase 5.000 anos após ser agraciado com os poderes onipotentes dos deuses egípcios e preso com a mesma rapidez, Adão Negro alcança a liberdade de sua tumba terrena, pronto para liberar sua justiça no mundo moderno.

Vivemos em uma época tão complicada de nossas vidas cotidianas em que um herói clássico não tem tanta visibilidade no grande público. Quando digo isso, me refiro ao fato de um herói ter como uma diretriz básica não matar. Os anti-heróis hoje em dia tem muito mais espaço, pois matar por vingança, por ódio ou até mesmo por justiça é muito mais atrativo ao público. Isso faz muito mais sentido do que não o fazê-lo. Por isso só, já digo que Adão Negro terá muito mais chance de sucesso do que um Superman, por exemplo. Aqui, o nosso anti-herói mata mesmo e sem perdão algum. Tudo isso sem um pingo de sangue se quer devido a censura.

Posso estar até sendo um pouco hipócrita, mas a verdade é que esse detalhe diverte bastante e sim, é catártico ver pessoas ruins morrerem de formas absurdas. Um detalhe que devo mencionar é que no trailer vemos uma cena dele derrubando um avião do que parece ser de um exército de alguma nação. Essa cena foi deletada nessa versão final e ele só mata bandidos e seres do mal. Isso foi feito para vermos o quanto ele é mal, mas que não é tão ruim assim a ponto de matar pessoas “boas”.

Lembrando que estamos falando de um filme do The Rock, ou seja, a diversão tem que estar presente. Tudo o que poderia ser pesado demais acaba sendo suavizado só pelo seu carisma inevitável em tela. Com isso, a DC acaba nos trazendo uma de suas obras mais divertidas e empolgantes. As cenas de ação são incríveis com muito uso de câmera lenta e com takes altamente estilizados que vão servir o público que irá em busca de uma boa aventura. Lembrando também que a fotografia engradece bastante cada detalhe.

O humor está presente, lógico e, na minha opinião, de uma forma bem dosada. Ele não vem o tempo todo e quando vem consegue te tirar um sorriso, isso quando não te tira uma pequena gargalhada involuntária. Posso dizer que esse é o filme mais Marvel da DC. Calma! Não me matem, é só para situar um pouco sobre o que estou falando.

Um novo grupo de super-heróis também são apresentados nesse longa: a Sociedade da Justiça. Ótimos personagens que chegaram para somar e para servir de contra ponto a um protagonista anti-herói. Eles estão ali para ajudar e para ensiná-lo um pouco sobre como ser um herói. O Adão Negro acaba por ignorar tudo isso, o que acaba causando as melhores piadas da história. Gostei e quero ver mais deles daqui para a frente.

Assim que acabar, não saiam imediatamente da sala. No meio dos créditos temos uma cena que irá fazer qualquer dcnauta raiz vibrar de emoção. Uma amostra do que o futuro do universo DC nos reserva nos cinemas. Desde já, me sinto empolgado e ansioso para ver o resultado dessa cena em um vindouro filme pela frente. Com isso encerro minha resenha dizendo que temos uma obra de super-herói bem honesta e que vale a pena ser assistida.