Este é um filme basicamente sobre dois temas. Aborda todas as formas de perda, formas variadas de amor e batalhas, sendo estas judiciais, com outros ou internas. Seja pelo elenco, enredo ou direção, não perca está maravilhosa produção. Embora muitos discordem de mim, em minha opinião, faltou só um pouco mais de romance e algumas questões (irrelevantes para o enredo) ficam pairando no ar deixando as respostas para nossa imaginação.

O primeiro tema abordado nesta obra de várias camadas de profundidade é a perda. Isabel (Alicia Vikander) é uma jovem romântica e sonhadora que sofre com a perda de seus dois irmãos na guerra. Mais para frente, ao conhecer e se casar com o solitário Tom (Michael Fassbender), um ex soldado que vai trabalhar de faroleiro na isolada ilha de Janus, Isabel vai morar lá onde sem nenhum contato com o mundo exterior engravida e perde duas vezes os filhos. Frustrada e deprimida, ela e o marido resgatam um barco que dentro continha um bebê vivo e um homem morto. A moça então convence o marido a enterrar o corpo em segredo e manter a criança como se fosse deles, o que nem imaginavam é que uma mulher (interpretada por Rachel Weisz) sofre a perda do marido e da filha sem saber o que aconteceu com eles.

Com certeza, “A Luz Entre Oceanos” é mais do que tudo sobre batalhas internas entre moral e amor, rancor e perdão. O amor e a dor são as maiores forças motrizes do ser humano, ambos os sentimentos são belissimamente retratados neste longa do diretor Derek Cianfrance ( Namorados para Sempre). A fotografia é majestosa e harmoniza perfeitamente com a trilha sonora de Alexandre Desplat ( “O Curioso Caso de Benjamin Button”), onde é predominante o piano.

Inicialmente, o que mais me interessou nesse filme foi o elenco, composto pela talentosíssima Alícia Vikander, que ficou famosa há pouco tempo, mas que foi com certeza a atriz de maior destaque no ano passado ao participar dos filmes “Garota Dinamarquesa”, “Ex machina” e “Agentes da UNCLE”. Já era de se esperar que a “velha” conhecida do público, Rachel Weisz, de “A Múmia”, “O Jardineiro Fiel”, dentre muitos outros, executasse seu papel sem erros, embora sua personagem não fosse uma das de maior destaque e Michael Fassbender de “Bastardos Inglórios”, Assassine’s Creed, dentre outros.

Por Luciana Costa