Não é de hoje que a Disney aposta em romances adolescentes em forma de musical. Desta vez temos uma linda história como em uma fábula em formato doce com pequenos toques de drama e humor. Em uma cidade pacata onde nada acontece, a trama se desenrola através do olhar de Leo (Graham Verchere) que tendo perdido seu pai ainda criança se muda para lá com sua mãe. O time da escola nunca ganha um troféu, é uma cidade morta onde literalmente todos estão acostumados a monotonia e ao conformismo. Até o dia que Stargirl Caraway – como ela se apresenta-, chega ao colégio Mica High.

Stargirl (em tradução, garota estrela) é o elemento catalizador que vai mudar a história de Leo e de toda a cidade. Ela inspira o time da escola a ganhar com suas músicas, espontaneidade e estranheza. Aliás, inspirar para ser o que ela faz de melhor. A menina é uma espécie de musa que toda intimamente todos a sua volta e muda suas vidas de uma forma que nunca mais serão as mesmas. Evocando o clássico musical “Xanadu”. O longa também presta homenagens aos icônicos filmes adolescentes de “John Hughes” além de conter maravilhosa trilha sonora com clássicos dos anos 70/80.

A lição principal do longa é que quando crianças somos cheios de sonhos e personalidade, chegando à puberdade somos massacrados com o conceito de normalidade, pertencimento a nichos, bullying e afins, com isso, reprimimos nossos instintos e toques únicos. Stargirl aparece dentre outros motivos para mostrar que ser considerado estanho é ok, o importante é se manter verdadeiro a quem você é. A pergunta no ar é se Stargirl é uma pessoa ou um ser mágico. A resposta fica por conta da imaginação do expectado