Contagem Regressiva – 1ª Temporada
Contagem Regressiva (Countdown) é a nova série de ação e suspense do Prime Video, criada por Derek Haas (Chicago). Lançada em julho, ela se tornou um dos sucessos da plataforma, apesar de não ter saído de sua bolha. A primeira temporada possui 13 episódios e conquista o espectador por seu ritmo acelerado, boas atuações e cenas de ação bem coreografadas. Ela traz de volta o galã Jensen Ackles (Supernatural) como protagonista ao lado de Jessica Camacho (Watchmen) e Eric Dane (Grey’s Anatomy) em uma força-tarefa criada para investigar a morte de um agente do Departamento de Segurança Interna.
Sinopse: “Contagem Regressiva segue uma força-tarefa de elite em Los Angeles, liderada pelo detetive Mark Meachum (Jensen Ackles), que se forma após a morte de um agente do Departamento de Segurança Interna. Com o tempo correndo contra eles, a equipe precisa investigar a fundo uma conspiração de grande escala que ameaça a cidade, enquanto lida com conflitos internos e segredos pessoais, desvendando uma trama complexa que mantém o espectador na ponta da cadeira até o final eletrizante da primeira temporada.”
A premissa da série é bem familiar, mas eficaz: a morte misteriosa de um agente da Segurança Interna leva à formação de uma força-tarefa de elite em Los Angeles. Essa equipe, formada por profissionais de diferentes agências, precisa se unir para desvendar uma conspiração maior que ameaça a cidade inteira. A série não perde tempo e coloca a ação como seu ponto alto, estabelecendo um ritmo ágil que define toda a temporada. Em meio a investigações e grandes momentos de ação, ainda temos um tempo de respiro que nos faz conhecer nossos protagonistas um pouco mais na intimidade, causando, dessa forma, uma empatia maior por eles.
Embora seja uma boa série, é importante salientar que ela tem problemas de condução e roteiro. A trama possui várias reviravoltas que movem a história e que deixam o espectador sempre interessado, mas pode soar previsível para quem já é familiarizado com esse gênero policial. Temos muitos clichês, e a falta de profundidade em alguns arcos de personagens secundários são pontos que enfraquecem o conjunto. Muitas vezes, a narrativa avança por pura conveniência do roteiro, em vez de um desenvolvimento orgânico. No meio da temporada, a história principal se encerra como um grande final de temporada, e logo em seguida entramos em outra história que é completamente sem ligação. Foi como se tivessem feito duas temporadas em uma só, e achei isso um pouco estranho e meio sem sentido.
Gosto muito de Jensen Ackles e é muito bom vê-lo novamente como um dos destaques de uma série, agora como o detetive Mark Meachum. Porém, é preciso mencionar que ele é um ator canastrão. Sempre faz o mesmo personagem, com aquele ar de sarcasmo e com aquela profundidade do cara que não se importa com nada, quando na verdade é uma boa pessoa e bastante sensível. A dinâmica entre ele e o resto do elenco, em especial com a agente Amber Oliveras (Jessica Camacho), o transformam no coração da série. A tensão inicial e a eventual cooperação entre os personagens criam um drama envolvente que complementa bem as cenas de ação. O elenco se conecta e a química é um dos pontos mais fortes da produção.
A primeira temporada de Contagem Regressiva é bem mediana, mas é capaz de fazer o fã do gênero policial bastante feliz. Acredito que ela pode melhorar ainda mais se aprofundar os dramas dos coadjuvantes e se tentar ser menos óbvia. Até o momento em que escrevo este texto, uma segunda temporada ainda não foi confirmada. Não é possível que vão deixar aquele final aberto dessa forma. O gancho dramático deixa o espectador mais calmo mais ansioso pela resolução. Espero que confirmem isso logo.