Missão: Impossível – O Acerto Final é o oitavo filme de Missão Impossível e, segundo as próprias palavras de Tom Cruise (Top Gun: Ases Indomáveis), esse será o encerramento da franquia nos cinemas como a conhecemos. As aventuras de Ethan Hunt chegam ao seu desfecho agora. Esse novo longa continua a história de Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte Um (2023) e promete ser uma viagem fantástica e nostálgica a todo esse lore criado no primeiro filme, lá em idos de 1996. Posso adiantar que a conclusão é épica, com cenas de ação sem nenhum limite e com o retorno de boa parte do elenco, além de caras novas. Christopher McQuarrie (Os Suspeitos) retorna na direção e finca seu pé nos nomes dos grandes diretores de ação atuais.

Sinopse: Missão: Impossível – O Acerto Final conclui a épica batalha de Ethan Hunt contra A Entidade, uma inteligência artificial autoconsciente que se tornou a maior ameaça à existência global. Retomando a história de onde Acerto de Contas Parte Um parou, o filme segue Ethan e sua leal equipe em uma corrida desesperada para reunir as últimas peças da chave e neutralizar a IA. Eles enfrentarão antigos inimigos, traições inesperadas e desafios que testarão os limites de suas habilidades e lealdade, culminando em um confronto final que definirá o destino da humanidade e o próprio legado de Ethan Hunt.

Essa nova aventura possui a maior duração de toda a franquia, com 2 horas e 49 minutos. Tudo isso recheado com muita ação e muita tensão, criada por um roteiro incrível aliado a uma direção precisa. Eles levam muito a sério o nome Missão Impossível, a ponto de o público ficar extremamente nervoso com o que está vendo em tela. Seja dentro de um submarino afundado rolando por uma ribanceira, seja com nosso protagonista brigando pela salvação do mundo em cima de um avião a mais de 200 km/h. Tudo isso parece insano demais, e tudo piora quando pensamos que Tom Cruise dispensa dublês e é ele mesmo quem faz as cenas.

Esse é o tipo de filme em que, antes que o roteiro fique pronto, algumas “set pieces” já estão definidas. Uma preparação logística e orçamentária é precisa para elas, e isso é definido antes. Com certeza, as cenas do submarino e do avião estão inclusas nisso, e elas são incríveis demais. O nível de tensão que é atingido nesse momento faz valer todo o dinheiro gasto na produção. A história e a narrativa são tão boas que, mesmo sabendo que tudo vai dar certo, ficamos nervosos até o último fiapo de cabelo. Tudo é resolvido no último segundo e da forma mais difícil possível. Os planos por si só já são praticamente impossíveis, e quando ocorre algo inesperado, o que já era difícil se torna mil vezes pior. Esse é o grande segredo da franquia, e eles fazem isso muito bem.

Esse novo longa até pode ser visto por todos, mas quem não viu o último vai ficar um pouco perdido sobre como as coisas chegaram aonde estão. Temos um pequeno resumo no início, mesmo assim é bem complicado para o marinheiro de primeira viagem. O espectador poderá apenas curtir o que é dado sem pestanejar. Para os fãs da franquia, várias surpresas farão a felicidade deles. Muitas referências aos longas anteriores aparecem, além de personagens. A sensação de despedida está presente desde o início, e ela vai se intensificando cada vez mais até o seu final. O final épico é perfeito para encerrar a franquia que deixará saudades no coração de todos que acompanharam essa saga até aqui.

Missão: Impossível – O Acerto Final é bom demais e merece uma boa sala de cinema. Tom Cruise comandou essa franquia do início ao fim e mostrou como é fazer cinema de verdade. Nos deu uma saga épica de espionagem e ação ao mesmo tempo em que criou um legado para o seu nome. Amarrando todas as pontas soltas, inclusive de filmes passados, ainda conseguiu colocar um peso emocional enorme que honra todos os longas antecessores e todos os nomes com quem trabalhou até aqui. A franquia é um dos pilares do gênero de ação e perpetuará por um bom tempo em nossas mentes e corações. Um ótimo final que merece toda a reverência.