Drop: Ameaça Anônima

Drop: Ameaça Anônima é o novo filme de suspense que estreia agora em abril no Brasil. Dirigido por Christopher Landon (A Morte Te Dá Parabéns e Freaky – No Corpo de um Assassino) e produzido pela Blumhouse Productions e Platinum Dunes, o longa traz uma história de mistério junto com um thriller que promete ser tenso e cheio de reviravoltas. Essa história é vagamente inspirada em uma experiência real vivida pela atriz Olivia Sui (Off The Record) que ficou recebendo memes aleatórios durante um jantar com seus amigos. Ela não está no longa, mas serviu de inspiração. O elenco principal conta com Meghann Fahy (The White Lotus) e Brandon Sklenar (É Assim que Acaba).

 

Sinopse: Violet (Meghann Fahy), uma mãe viúva hesitante em voltar a namorar, tem seu primeiro encontro em anos com o charmoso Henry, mas a noite toma um rumo sinistro quando ela começa a receber mensagens anônimas e ameaçadoras em seu celular. Sob a constante ameaça de que seu filho e sua irmã serão mortos, Violet é forçada a cumprir exigências cada vez mais cruéis do stalker misterioso, culminando em uma ordem chocante que a coloca em uma encruzilhada mortal: matar o próprio Henry (Brandon Sklenar). Presa em um jogo perverso e sem saber em quem confiar, Violet precisa desesperadamente descobrir a identidade do seu algoz antes que seja tarde demais.”

 

Existe um novo subgênero do terror chamado de “terror de aplicativo”. São histórias que utilizam as tecnologias modernas para criar esse ar de suspense, nesse caso, um celular e câmeras de segurança dão o tom. Ao mesmo tempo, também possui características de filmes de “cerco”, aqueles onde é predominado por um único cenário e se sair desse lugar o terror real pode ser instaurado. Com isso como base vemos a escalada da tensão de uma forma inesperada. Começa apenas com um meme e de repente se transforma em algo realmente muito sério. Nossa protagonista tem que se virar para não ser descoberta por sua vítima e para ao mesmo tempo conseguir ludibriar seu mandante.

 

Para tentar se livrar dessa situação, Violet pelo menos tem que descobrir quem está enviando as mensagens. Só o que sabemos é que essa pessoa está no mesmo ambiente que ela. Todos viram suspeitos e não se pode confiar em ninguém cegamente. Muitas situações são expostas em tela e o nervosismo que acompanha a personagem logo alcança o espectador. O problema é que seu algoz está sempre dois passos a frente dela e ele já conseguiu analisar todas as possíveis reações e colocou medidas para evitar tais atos da personagem. Isso por si só já me parece mais forçado, porém, vira a graça desse longa. A forma que Violet se livra disso também é bastante interessante e plausível. Mesmo que pareça uma solução tirada do nada.

 

Para um filme do estilo é preciso manter um ritmo bom para que as situações não pareçam repetitivas e cansativas. O diretor faz isso de uma forma boa, pois ainda consegue colocar um certo humor em tela. Característica dele próprio que podemos ver em obras passadas. A tensão aumenta gradativamente até o seu clímax, que considero bom. Um desfecho satisfatório e com uma ação no ápice para aliviar toda a nossa tensão que se passa durante a projeção. Alguém pode vir a indagar que o final é daqueles mentirosos, uma simples mãe viúva contra assassinos profissionais, mas a força da mãe para proteger seu filho pode estar além de qualquer treinamento militar e artes marciais.

 

Drop: Ameaça Anônima brinca sobre a vulnerabilidade que estamos por estar online e o anonimato que pode ser usado de forma leviana contra qualquer um. Ele consegue divertir e te deixar preso na cadeira durante a projeção pois conseguimos entender a situação em que nossa protagonista está passando. O fato do mandante estar sempre um passo a frente me pareceu forçado algumas vezes, mas faz bem para a história como um todo. Recomendo para quem gosta de um suspense que pontua uma noite com alguém querido. Vai ver, se divertir, comer pipoca e logo depois esquecer.