O Homem do Saco
“Bagman”, no original, chega aos cinemas brasileiros com certo atraso, uma vez que sua estreia nos Estados Unidos dia 20 de setembro do ano passado. O horror do filme se baseia na lenda mundial do homem do saco, que em cada região recebe sua própria versão. Aqui no Brasil, muitos adultos diziam às crianças para se comportarem, caso contrário o homem do saco as levaria embora. Nesta trama americana é o oposto, o ser prefere as boas crianças.
O enredo gira em torno do medo infantil que muitas vezes não nos abandona, traumas e a ideia subentendida de que as pessoas se sentem fadadas a repetir o erro dos pais de forma predestinada. A trama narra as desventuras de Patrick McKee que quando criança foi alertado por seu pai de que o homem do saco estava à espreita como uma espécie de maldição da família. Já adulto, ao retornar a sua casa natal com a mulher e o filho, revive o medo de que a maldição da família seja real, e o homem do saco queira levar seu filho.
O tempo todo somos levados a duvidar da sanidade do protagonista que pode estar paranoico e, até mesmo, do que seria esse suposto ser com o qual Jake, filho de Patrick mantem um vínculo.
O longa faz lembrar outros títulos do terror que abordam medos infantis baseados em lendas como “No Cair da Noite” (2003), e até mesmo tramas de horror envolvendo amigos supostamente imaginários como “Amizade Maldita” (2019), porém de forma muito bem executada e com certa dose de inovação. Se valendo também de imagens fortes, cortes bruscos, ambientes sombrios, claustrofóbicos além de um elenco robusto liderado por Sam Claflin (Como eu era antes de você).