Por causa do recente lançamento do filme americano “Não Fale o Mal” (2024) do diretor e roteirista James Watkins (Sem Saída), estrelado por James McAvoy (Fragmentado), várias pessoas ficaram curiosas para assistir a versão Europeia original feita apenas 2 anos antes pelas mãos do diretor e roteirista Christian Tafdrup (A Descoberta), felizmente, o Festival do Rio nos dá essa oportunidade em tela grande. “Não Fale O Mal” original carrega excelente ideia com roteiro mal executado. A genialidade do longa está em mostrar barreiras linguísticas já que uma família é da Dinamarca e a outra da Holanda, fazendo mais um paralelo da estranheza entre eles.

A trama segue o casal Bjørn, Louise e sua filha Agnes. Que conhecem outro casal e seu filho em uma viagem a Toscana. Depois de fazerem amizade recebem o convite para passarem uns dias na casa dos novos amigos. Lá situações estranhar e desconfortáveis vão descambando para o que parece perigoso enquanto mistérios são revelados.

Muitas vezes a versão europeia original é tão boa quanto a americana como foi o caso de “Coda” e “A Família Belier”, ou “até melhor, como “Os Homens Que Não Amavam as Mulheres”. Infelizmente, esse não foi o caso. A primeira parte de ambos os filmes seguem praticamente iguais, a história é extremamente semelhante, tirando o fato de que o europeu possui um ritmo mais lento, o que por si só não seria um problema e sim um estilo. Conforme a narrativa vai passando, os personagens tomam rumos bastante diferentes chegando ao ponto de ser repleta de furos, especialmente na construção dos personagens Bjørn e Louise que tem atitudes pouco criveis além de não serem cativantes para o público.

Ambos os filmes são extremamente semelhantes do quesito enredo, tendo os finais extremamente diferentes. Vale a pena ver os dois pela comparação. A recomendação é assistir a versão americana primeiro para não se decepcionar.

Programação:

Domingo, 06/10 16:40   Reserva Cultural Niterói 3

Segunda, 07/10 21:30     Estação NET Rio 2

Sexta, 11/10       18:00     Cine Santa Teresa