Meu Nome é Gal
Maria da Graça Costa Penna Burgos foi uma das mais famosas cantoras brasileiras de todos os tempos. A maior representante da Tropicália. Este longa de Dandara Ferreira e Lô Politi não é uma biografia da vida da cantora e sim um recorte, ilustrando o momento em que chegou ao Rio de Janeiro, e galgou os degraus da fama com auxilio de Caetano Veloso até se tornar a Gal que conhecemos. “Meu Nome é Gal” é quase tanto sobre Caetano quanto sobre Gal Costa.
Na trama, Maria da Graça (Sophie Charlotte) é uma moça simples e tímida que sai da Bahia para o Rio de Janeiro para tentar a carreira de cantora ao lado dos amigos Caetano Veloso (Rodrigo Lelis), Gilberto Gil, Maria Bethania e muito outros. Se depara com o cenário violento da ditadura que ameaça sua vida e a de seus colegas. Apesar de querer só cantar e não se pronunciar muito, vai aprender que é preciso se impor para resistir.
A genialidade da direção está na inclusão de cenas da época que se mesclam às atuais, com mise en scene que não deixa nada a desejar. Muito pode se questionar a escolha de elenco, principalmente fisicamente, mas Sophie mostra na tela que é uma potência. Com a voz tão linda quanto a de Gal e mimetiza perfeitamente seus trejeitos sem nada caricato, nem mesmo o sotaque.
Dandara Ferreira, uma das diretora, encarna Maria Bethania em suas poucas e pontuais aparições. Outro que rouba o show é o ator Luis Lobianco que interpreta o empresário Guilherme, ele e Caetano são quem mais lutam pela carreira de Gal. O resultado final é um belo retrato dos anos 60/70 no Rio de Janeiro embalado em lindas melodias.
Serviço:
Terça -Feira (10/10) as 19:00 – Kinoplex São Luiz 2