Festival do Rio: Halloween Ends

A franquia “Halloween”, é uma das mais fragmentadas da história do cinema. O tempo todo resetando seus predecessores, com exceção do original, escrito e dirigido por John Carpenter em 1978. Esta última trilogia, se iniciou em 2018, mais uma vez, ignorando os 10 filmes anteriores, como se fosse continuação direta do primeiro, só que 40 anos depois. O primeiro capítulo abordou a final girl mais famosa da história, Laurie Strodes (Jamie Lee Curtis), o segundo, pareceu existir mais para protelar um fim, mas abordou a maldade dentro de cada um dos seres humanos, linchamento e violência presente em cada um de nós. Este terceiro filme, e ao que tudo indica, parte final, propõe a reflexão sobre histeria coletiva, como o medo muitas vezes é mais assustador do que a coisa em si e como uma sociedade distorcida pode moldar um ser humano para pior.

Na trama, passados 4 anos, Laurie e sua neta Allyson (Andi Matichak) ainda estão se recuperando das mortes que ocorreram pelas mãos de Michael Myers. Quando conhecem um jovem traumatizado chamado Corey (Rohan Campbell) que sem querer matou um menino em uma noite de Halloween. Apesar de inocentado, ele é extremamente estigmatizado e perseguido pelos cidadãos como se fosse um novo serial Killer. Michal sobreviveu, todos na cidade vivem com medo sem saber onde ele está.

 

Laurie parece outra pessoa, muito tranquila e sem mais se preparar para enfrentar seu nêmesis, ela passa seus dias escrevendo um livro.  As pessoas da cidade parecem detestá-la como se ela fosse culpada do crime de incitar Myers a surtar mais uma vez e matar pessoas.

A história como um todo não convence, os personagens antigos parecem irreconhecíveis. O diretor David Gordon Green, parece ter emulado os erros que Danny Steinmann cometeu em “Sexta-Feira 13 – Parte 5: Um Novo Começo,”. Michael Myers praticamente não existe até metade do filme, que tenta ser inovador, mas acaba sendo arrastado e longo embora só conte com 1 hora e 51 minutos de exibição.

.Filme obrigatório para quem assistiu todos os filmes “Halloween”, embora, este seja o mais fraco e menos inspirado desta última trilogia. Apesar de não ter se utilizado muito os elementos clássicos do slahser tão amados pelos fãs, as músicas são contagiantes e os 20 minutos finais fazem valer a ida ao cinema