“Stranger Things” é uma dessas febres mundiais que angariam milhões de fãs ávidos por novos episódios. A primeira temporada parece ter sido a favorita do público, já que muitas pessoas até mesmo largaram a série no meio da segunda ou início da terceira temporada. Esta quarta temporada, que veio de forma diferente, foi dividida em duas partes e conta com episódios maiores, alguns chegam até a uma hora e quarenta minutos de duração, que felizmente, não são sentidas. Ao que tudo indica, foi sucesso de público como a primeira. Haverá uma segunda parte que será lançada pela Netflix no dia 1 de julho. Já foi anunciada uma derradeira quinta temporada após isso. Aqui temos um novo vilão, mais denso e complexo que o Demogorgon (que faz pequena aparição).

Nesta parte da trama, nossos heróis mirins já estão crescidos, se tornaram adolescentes e estão “separados”. Eleven (Millie Bobby Brown) foi morar na Califórnia com Joyce (Winona Ryder), Will (Noah Schnapp) e Jonathan (Charlie Heaton), depois que Hopper (David Harbour) seu pai adotivo foi dado como morto. Lá ela tem problemas de adaptação, sofrendo bullying por parte dos colegas, lembrando que a menina perdeu seus poderes na temporada anterior.

Mike (Finn Wolfhard) e Dustin (Gaten Matarazzo) continuam grandes amigos, os dois participam de um clube para jogar Dungeons & Dragons liderado pelo veterano e vendedor de drogas Eddie (Joseph Quinn). Lembrando que a série se passa nos anos 80, época em que o jogo era considerado subversivo e até mesmo considerado satanista por muitos. Enquanto isso, Lucas (Caleb McLaughlin) se distanciou do grupo, ele se tornou alto, forte e virou um astro do time de basquete da escola o que lhe deu popularidade. Já a última adição do grupo, Max (Sadie Sink) se tornou reclusa e amargurada por se sentir culpada pela morte do irmão adotivo Billy (Dacre Montgomery) na temporada anterior.

Assim como nas temporadas anteriores, a série não conta apenas com fatores sobrenaturais e aventuras. É também sobre crescer, vínculo entre amigos, problemas que adolescentes enfrentam como querer pertencer e dificuldade em casa. Os autores desde o início fizeram a série de forma a homenagear filmes e livros dos anos 80 como é o caso de “Conta Comigo”. Vale sempre enaltecer o personagem Steve (Joe Keery), além do ator ser extremamente carismático, seu personagem mesmo muito mais velho, é praticamente melhor amigo de Dustin, e sempre, de suma importâncias nos resgates da turma. Já os adultos, Joyce e Murray (Brett Gelman), – responsável por vários momentos cômicos, estão bastante ocupados e longe das crianças.

O retorno de Hopper à série, e mais mistérios se dão em episódios instigantes sendo que apenas uns dois contêm uma pequena barriga, de resto, cada episódio deixa um gosto de quero mais. Algo interessante para se fazer durante esta primeira parte da temporada é caçar referências e menções que estão mais presentes do que nunca. Temos “Carrie a Estranha”, “It – A Coisa”, “O Chamado”, Michael Myers de “Halloween”, o infame serial killer Ted Bundy, os zumbis de Geroge Romero, “Fugindo do Inferno”, o ator Steve McQueen, “Senhor dos Anéis”, “A Hora do pesadelo” e até mesmo participação de Robert Englund (ator que deu vida a Freddy Kruguer).