Greyhound: Na Mira do Inimigo
‘Greyhound – Na Mira do Inimigo’ foi mais uma obra que foi prejudicada pela pandemia. Inicialmente, estava programada para sair nos cinemas, mas a Apple TV comprou os direitos e passou o longa na sua plataforma de streaming tendo o seu lançamento sido em julho de 2020. A produção conta com a direção de Aaron Schneider (Segredos de um Funeral) e com a atuação de Tom Hanks (Náufrago). Hanks também foi o responsável pela criação do roteiro que foi adaptado do livro “The Good Sheperd” (O Bom Pastor, em uma tradução livre) escrito por C.S. Forester.
Sinopse: “Em Greyhound: Na Mira do Inimigo, o comboio internacional de 37 navios aliados liderado pelo capitão Ernest Krause (Tom Hanks), que está em seu primeiro comando do destróier norte-americano, atravessa o temido Atlântico Norte e precisa enfrentar a perseguição por matilhas de submarinos nazistas.”
A história é baseada em eventos reais ocorridos durante a 2º Guerra Mundial. Isso por si só já foi o suficiente para me pegar colado na cadeira. Impressionante como esse período, apesar de todas as mazelas, nos traz histórias incríveis. Dessa vez, entramos bem imersos em uma batalha naval, algo não muito retratado por aí. Não demora muito para ficarmos tensos e isso consegue perdurar até os últimos momentos do filme.
A primeira sequência de ação do longa já nos dá um vislumbre do que veremos pelo resto dele. A alta-tensão da caçada a um submarino alemão já é o suficiente para prendermos a respiração sem sentir. Imagina a sensação quando aparece uma “matilha” de submarinos logo depois. A analogia feita pelo nome do livro é perfeita. Greyhound é o nome do navio de guerra principal que irá proteger os outros e o líder dos submarinos alemães usam o lobo como símbolo. Bem didático.
A história é muito simples e não tem nada de espetacular. Você entende tudo em 10 minutos de projeção e não há grandes reviravoltas. Ele ganha pelo seu alto nível de tensão e pela sensação de claustrofobia causada. Boa parte do longa se passa dentro da cabine do Capitão com ele dando ordens e recebendo informações para tomar decisões o tempo todo. Pode não aparecer, mas isso é de uma agonia muito grande. As cenas de batalhas são ótimas e apesar de não entendermos termos náuticos, as imagens nos mostram exatamente o que está acontecendo.
Também existem pontos negativos, entre eles cito a fotografia durante os acontecimentos a noite, que realmente são bem escuras e isso dificulta um pouco saber o que está acontecendo com precisão. O clímax é apenas mediano. Uma rivalidade entre o Greyhound e o submarino líder alemão é criada durante o filme, ela chega no final e simplesmente acaba. Para mim foi tão “fácil” que eu jurava que ainda teria uma grande cena depois, mas não, era isso mesmo. Sinto que falhou em um momento crucial da trama, o que o elevaria a algo mais espetacular.
Achei um bom filme com bastante tensão e claustrofobia. Irá agradar aos grandes fãs de batalhas navais, pois possui muita estratégia e inteligência. Acompanhar a história através de filmes é sempre maravilhoso. Ver e sentir, mesmo que em uma quantidade bem menor, como aconteceram alguns eventos que marcaram grandes momentos históricos é sempre emocionante de ver, de certo modo. Sou sempre a favor de olhar o passado para não repetir o erro no presente e no futuro.
Greyhound: Na Mira do Inimigo se encontra no catálogo da Apple TV.