Eu Me Importo é mais um filme original Netflix. Dirigido por J Blakeson (A 5º Onda) e estrelado por Rosamund Pike (Garota Exemplar). A atriz, por sinal, ganhou o Globo de Ouro por Melhor Atriz em Comédia ou Musical desse ano. Não tenho como tirar o mérito dela por isso, pois está realmente muito bem, ainda mais sendo um papel difícil de se equilibrar. Afinal, ela é a protagonista, mas também é uma grande vilã capaz de mexer com todos os seus brios. Por isso, uma salva de palmas.

Sinopse: “Em Eu Me Importo, Marla Grayson (Rosamund Pike) é uma renomada guardiã legal que gosta de ficar com pessoas idosas e ricas. Às custas da última, ela leva uma confortável vida de luxo. Quando ela pensa ter encontrado uma nova vítima perfeita, descobre que a mesma guarda segredos perigosos. Com base nisso, Marla vai ter que usar toda sua astúcia se quiser continuar viva.”

A minha maior dificuldade ao ver o longa foi justamente ter empatia pela protagonista. Quando eu não consigo me ligar a ele, dificilmente eu vou gostar do filme como um todo. Acho que nesse detalhe reside um mérito da produção. Mesmo a odiando e torcendo contra ela, conseguiu me deixar nervoso e ansioso para o que iria acontecer. Cheguei ao ponto de torcer para o outro vilão só para ver ela se dar mal. Queria que ela sofresse por todo o mal que ela fazia aos velhinhos.

Esse sentimento é provocado até os momentos finais quando você se indaga de que nada pode pará-la. Aqui reside outro mérito, o final é bastante satisfatório (pelo menos para mim foi). Vou entender também se as pessoas não gostarem. Essa é uma história sobre ganância e até onde alguém é capaz de ir para alcançar o sucesso, mesmo que para isso tenha que pisar em pessoas inocentes que acabam sendo vítimas de um golpe que, pasme, é legal juridicamente falando.

Rosamund Pike realmente está excelente e nada pode tirar isso dela. Ela nos provoca muitos sentimentos e conseguimos ainda assim ter medo dela. Possui uma lábia incrível e é completamente impetuosa. Certamente uma das suas maiores atuações da carreira. Não posso deixar de citar Peter Dinklage (Game of Thrones) que é o antagonista. Impressionante como ele também é excelente, ainda mais quando ele atua sem palavras, só com expressões. Ele também é um personagem ruim, mas nos pegamos torcendo para ele sem dúvidas. Tudo para ele ter a mãe de volta.

Gostei bastante dele, principalmente por ter um bom ritmo e por mexer com minhas emoções. Destaque para edição que é bem dinâmica e que te faz capaz de entender tudo, agilizando cenas e colocando a trama pra frente. Em relação as emoções, tenho que dizer que tenho um fraco por ver idosos sendo maltratados, e esse detalhe me pegou de jeito, a ponto de querer só o mal para a protagonista e a quem a rodeava. Uma boa pedida para o fim de semana.

Eu Me Importo está no catálogo da Netflix.