A Festa de Formatura
“A Festa de Formatura” é o mais novo filme de Ryan Murphy em parceria com a Netflix. O consagrado diretor mostra mais uma vez seu talento para musicais nos moldes da série “Glee” criada por ele em 2009. Este musical indicado ao Globo de Ouro era tudo que o público precisada no ramo do entretenimento durante a pandemia. Super alto astral, divertido, cativante e com uma mensagem positiva de união.
Na trama a jovem Emma sofre homofobia por parte de colegas e até mesmo da diretora da escola interpretada pela talentosa Kerry Washington (Scadal). Quando é proibida de ir ao baile da escola com a sua namorada pela política heteronormativa em vigência na cidade em que vive, chama atenção de um grupo de estrelas da Broadway que busca uma causa para se apropriar e tirar do público a merecida fama de egoístas.
O que inicialmente era uma jogada de marketing pessoal acaba tornando o quarteto pessoas melhores que vão atuar como fadas madrinhas de Emma fazendo referencia a “O Mágico de Oz” (1939). A jornada por direitos igualitários da a cada uma das estrelas um momento de reflexão e aprimoramento pessoal quando passam a olhar além dos próprios umbigos.
O filme é uma adaptação de um musical homônimo da Broadway. Tem predominância de cores, glitter e lantejoulas enquanto aborda temas importantes de forma leve. A lição por traz da trama é que preconceito é pura ignorância e todos podem melhorar como seres humanos se realmente quiserem e se esforçarem. Além disso, é uma baita homenagem aos musicais consagrados como “Chicago”.
As músicas são extremamente cativantes. Com vozes lindas e coreografias primorosas. Temos aqui uma espécie de conto de fadas. Destacam-se as atuações do quarteto de fadas madrinhas formado pelas veteranas Meryl Streep e Nicole Kidman; o queridinho de Grammy, Andrew Rannells e o talentosíssimo
James Corden que interpreta Berry o mais consciente do grupo que funciona como uma espécie de melhor amigo da protagonista. A atriz novata que interpreta Emma (Jo Ellen Pellman) é bastante carismática e canta em entonação perfeita.
Apesar de Hollywood adorar uma redenção tanto na vida quanto nos filmes, o longa acaba ficando um pouco forçado nesse ponto mostrando que não há vilões e até a pessoa mais cruel pode se arrepender quase que a troco de nada.