Um Lugar Chamado Notting Hill
Esse é um daqueles filmes que você já sabe a história e todo mundo já viu menos você, por isso achei que valia parar para conferir este “clássico” tão popular da minha lista de “Filmes que tenho que ver um dia”.
Sim o filme é todo de clichês, não veja esperando alguma surpresa ou reviravolta, o que não quer dizer que ele não deva ser visto e não seja cheio de beleza. É muito doce, muito delicado, muito romântico. Tenha boa vontade com os clichês neste longa, não se incomode com eles, muito pelo contrário. Lembre-se que em 1999 a maioria das comédias românticas massivas que você já viu entupidas de clichês ainda não tinha sido filmada. Talvez este seja um dos filmes que abriu as portas para que este gênero ganhasse tanto espaço. Se estiver interessado em uma comédia para dar gargalhadas já aviso que não ri em nenhuma cena.
Acho que a coisa mais bonita do filme é a trilha sonora, como não ficar interessado quando na primeira cena já toca a icônica música “She” de Elvis Costello? E ainda bem que as lindas músicas com letra e também as instrumentais não pararam por ai.
É fácil se identificar com o personagem Will de Hugh Grant que é alguém como cada um de nós, uma pessoa comum, que vive uma vida comum e já teve o coração partido. Por falar em Hugh Grant, só para ouvir a linda voz do ator com sotaque britânico já vale assistir “Um lugar chamado Nothing Hill”.
A história acho que todo mundo já conhece, rapaz comum recém separado trabalha em sua livraria quando entra por acaso Anna Scott (interpretada por Julia Roberts) que encanta o coração de Will . Claro que os dois se esbarram -literalmente-, novamente e um inesperado beijo acontece. O filme mostra uma pessoa comum tentando e conseguindo conquistar o coração da pessoa famosa aparentemente inalcançável e é claro que apesar do romance entre os dois ser real, existem vários empecilhos no caminho. O enredo mostra também que atrás das câmeras e holofotes, artistas famosos são pessoas iguais as outras, com medos, inseguranças e sentimentos. De certa forma o filme é uma história de “Cinderella” moderna e ao contrário. Quem não adora um casal improvável?
Da para ver no excelente trabalho do diretor Roger Michell, a evolução dos sentimentos de Anna por Will. Podemos ver claramente a moça se encantando com o jeito simples e descontraído do rapaz, comportamentos que ela lá do topo de Hollywood não deve estar acostumada a ver com frequência.
Se você assim como eu ainda não assistiu, não acredito que vá achar um dos melhores filmes que já viu na vida, mas mesmo assim vale à pena ver. Com a duração de aproximadamente duas horas, “Um lugar Chamado Nothing Hill” pode ser visto pelos assinantes da NET no Telecine Play ou em vários sites na internet incluindo YouTube.
por Luciana Costa