Jojo Rabbit
A linha que separa comédia e drama nunca foi tão tênue quanto em “Jojo Rabbit“. As atrocidades e barbáries ocorridas durante o nazismo são de conhecimento geral, porém, passados 75 anos, há até mesmo quem negue o holocausto. Por isso, é preciso continuar fazendo obras literárias e cinematográficas sobre o assunto para que nunca seja esquecido e muito menos se repita.
Sinopse: “Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial. Jojo (Roman Griffin Davis) é um jovem nazista de 10 anos, que trata Adolf Hitler (Taika Waititi) como um amigo próximo, em sua imaginação. Seu maior sonho é participar da Juventude Hitlerista, um grupo pró-nazista composto por outras pessoas que concordam com os seus ideais. Um dia, Jojo descobre que sua mãe (Scarlett Johansson) está escondendo uma judia (Thomasin McKenzie) no sótão de casa. Depois de várias tentativas frustradas para expulsá-la, o jovem rebelde começa a desenvolver empatia pela nova hóspede.”
Este indicado ao Oscar é em sua grande maioria uma comédia que trata de temas que realmente aconteceram porém ridicularizando-os. Aqui é fácil rir da tragédia sem banalizá-la nem um pouco. Quem em sã consciência treinaria um exército de crianças com armas, granadas e facas para lutar na guerra? Só que isso realmente aconteceu.
O filme tem como protagonista Jojo, um menino de 10 anos que mora com a mãe – brilhantemente interpretada por Scarlett Johanson, fazendo valer sua indicação ao Oscar de atriz coadjuvante-, na Alemanha nazista. Seu sonho é fazer parte da juventude hitlerista e se tornar melhor amigo de Hitler, que aqui aparece o tempo todo como um amigo imaginário do menino. Na mente da criança, o chefe nazista é um bobalhão sensível e engraçado, cheio de trejeitos, interpretado pelo também diretor do filme Taika Waititi.
Ao contrário do que se pode pensar, Jojo tem bom coração, o menino inocente não faz ideia de onde está se metendo. Como nós sabemos, naquela época eram feitas várias propagandas antissemitas e endeusando o nazi-fascismo, como é o caso do famoso documentário “O Triunfo da Vontade” (1935) Por se iludir com essas ideias é que Jojo quer fazer parte do movimento. O longa faz alusão a outros como “O Menino do Pijama Listrado” e “A Vida é Bela“. Um filme para rir, chorar e jamais esquecer a maior atrocidade da história mundial.