O Rei de Roma
O cinema italiano pode ser considerado uma grande escola no meio cinematográfico. Muitos excelentes diretores podem ser destacados como: Sergio Leone, Bernardo Bertolucci e Dário Argento, para citar alguns poucos. E por um acaso do destino (e também de mercado) poucos desses filmes chegam às nossas telonas. E mesmo assim quando chegam, ficam destinados a poucas salas em um circuito quase que fechado a um pequeno nicho. Raramente é destinado ao grande público. Sendo assim, fiquei feliz de ter visto essa película italiana, mesmo que esteja longe de ser uma obra-prima, ainda diverte.
Sinopse: “Numa Tempesta (Marco Giallini) é um focado e carismático homem de negócios que, levado por uma gigante necessidade de ser bem sucedido, faz qualquer coisa para fechar um negócio, mesmo que isso o leve a infringir a lei. Depois de uma negociação dar errado, ele é pego pela polícia e condenado a cumprir um ano de serviço social, mas agora fará de qualquer coisa para voltar a trabalhar normalmente.”
Tenho uma dificuldade tremenda em me conectar com personagens que são extremamente desprezíveis ao primeiro olhar. Cabe ao diretor e roteirista torná-los humanos durante a projeção para nos conectar e sentir um pouco mais de empatia por eles. E adivinha, é o que acontece aqui. Uma comédia bem suave mas que nos faz pensar um pouco sobre o que temos de bens materiais na vida. O que adianta ter dinheiro se não é uma boa pessoa? O que tanto essa pessoa passou para se tornar uma pessoa assim?
Não chega ser uma comédia escrachada e nem te faz chorar de rir, é bem menos que isso, mas consegue divertir. Curiosamente eu senti um pouco de cinema brasileiro aqui, não sei dizer o que exatamente, mas poderia facilmente ser um longa nacional. Com os atores certos daria para criar um remake e adaptar para o nosso país. Resumindo tudo, a ida ao cinema é puramente para passar o tempo e rir um pouco sem maiores pretensões.