Capitã Marvel
Antes de qualquer coisa, devo confessar-lhes que nunca li nenhum gibi sobre “Capitã Marvel”. Alias, nunca tinha ouvido falar nesta personagem até ano passado. Sendo grande fã de filmes de herói e tendo em vista que a Marvel anda arrebentando muito em seus últimos longas, minhas expectativas eram altíssimas para este. Eis que ele tanto me decepciona como me deixa feliz em iguais proporções.
Quando era criança não existiam muitas heroínas, por isso, quando aparecia uma nós ficávamos loucas, nos sentíamos finalmente representadas e ai era aquela febre. “Mulher Maravilha” é um dos meus filmes de herói favorito, não só por ser protagonizado por uma mulher, mas pela história, cenas de ação, fotografia e pela linda direção de Patty Jenkins que finalmente tornou nossa amazona mais heroica e menos sexualizada. Ao ouvir falar em Capitã Marvel, veio aquela expectativa de ter mais uma heroína empoderada para nos representar e inspirar as crianças. Eis aí a grande questão: A Marvel conseguiu mostrá-la com a mesma maestria que a DC nos trouxe Diana?
Estrelado pela talentosíssima Bree Larson (O Quarto de Jack), o filme me deixou bem feliz ao mostrar em flashback algumas das lembranças de nossa protagonista que desde a infância é inconformada com aquele papo de “Isso não é coisa de menino”, infelizmente, acredito que todas nós já tenhamos passado por essa proibição e frustração alguma vez. Nossa heroína sempre foi forte, nada de desistir ou levar desaforo de homem nenhum e por isso, “Capitã Marvel” ganhou meu coração. Já em relação ao desenvolvimento do longa, ele me decepciona um pouco, uma vez que a Marvel nos trouxe o espetacular “Pantera Negra” , eu esperava algo a altura, mas a entrega não foi essa.
O filme é bom, bem divertido, com personagens carismáticos, reviravoltas e momentos cômicos. A gargalhada é garantida no cinema e só isso já seria suficiente para valer o ingresso. Para quem não conhece a personagem (como era o meu caso), o início pode ser um pouco confuso, mas aos poucos as coisas vão sendo explicadas. É para todos os gostos, porém, acredito que seja melhor aproveitado pelos fãs que já conheciam a história de nossa personagem principal. Alias, na questão da caracterização fidedigna, algo que é muito importante para algumas pessoas, na opinião de fãs entendidos do assunto ela está correta.
Os fãs de “Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D” vão ficar felizes ao encontrar Clack Gregg. Obvio que não preciso nem comentar a atuação de Samuel L.Jackson (Vidro), o ator é incapaz de fazer algo errado. Nota dez para Goose, um gatinho fofo e carismático que tem participação importante na trama. Nem pensem em levantar antes do fim dos créditos, temos duas cenas, sendo uma delas sobre o aguardado “Vingadores: Ultimato”.