Megatubarão
O primeiro filme chamado de blockbuster, na história do cinema, foi Tubarão (1975), dirigido por ninguém menos do que Steven Spielberg. Ainda em início de carreira, o cineasta conseguiu criar um sucesso absoluto de público e crítica, tornando o sugbgênero tubarão um dos mais requisitados na área do terror. O tempo passou e este tipo de filme foi perdendo o fôlego por não ter nada de novo a acrescentar e com situações que já não deixavam mais a audiência tensa. Apesar de “Megatubarão” não se igualar ao seu progenitor, é bastante divertido e sem medo algum de se mostrar canastrão.
Sinopse: “Na fossa mais profunda do Oceano Pacífico, a tripulação de um submarino fica presa dentro do local após ser atacada por uma criatura pré-histórica que parecia estar extinta, um tubarão de mais de 20 metros de comprimento, o Megalodon. Para salvá-los, um oceanógrafo chinês contrata Jonas Taylor, um mergulhador especializado em resgates em águas profundas que já encontrou com a criatura anteriormente.”
Me digam como um filme que tem um tubarão gigante e Jason Statham (Adrenalina) pode ser ruim? Ok, ele não é um embate filosófico sobre o homem e a natureza que vai nos fazer refletir sobre nossas atitudes, mas o importante aqui é que a diversão está mais do que garantida. Teve momentos que jurava que o personagem de Statham sairia no soco com o tubarão. Algo que eu acharia realmente genial, mas não foi dessa vez. No meio de tantas cenas inverossímeis há espaço também espaço para tensão. Ficar nervoso em um filme com um tubarão é quase uma lei não redigida e, aqui, ela é bem cumprida, apesar da galhofa.
A canastrice dos atores em cena é simplesmente maravilhosa. Parece que atuam como se fossem eles mesmos, na vida real. Se você já viu um filme com Jason Statham sabe do que estou falando. E quem entra nessa onda também é Ruby Rose (John Wick: Um Novo Dia Para Morrer). Se você já a viu atuar alguma vez, sabe que é a mesma coisa. E Rainn Wilson (Juno)? Esse é o mais canalha e acho que foi feito de propósito mesmo. A direção de Jon Turteltaub (A Lenda do Tesouro Perdido) é correta e consegue nos mostrar bem a ação. Somos capazes de entender tudo o que está acontecendo. Em certos momentos, consegue nos deixar bastante tensos, o que, pra mim, é um forte ponto com longa-metragens de tubarão.
Uma coisa que me incomoda recorrentemente em filmes é rolar mortes de vários personagens, inclusive amigos próximos e em uma cena seguinte você estar rindo. Não, por favor, seu sem coração, chore a morte do amigo e sinta o perigo de um tubarão gigante no seu cangote. E por que, diabos, você vai levar uma criança em uma MEGA (perdão pelo trocadilho) missão de matar o grande megalodonte, sabendo que ele pode virar um navio? A criança tem que estar lá? Que mãe é essa?
“Megatubarão” é um ótimo filme para se ver sem ter que pensar. É comprar a maior pipoca que tiver, possivelmente o tamanho MEGA e se abstrair do mundo por duas horas. Como falei, não esperem mensagens positivas sobre como o homem pode ser cruel em relação aos animais. Esse não é o objetivo. O grande ponto aqui é saber de qual maneira criativa os humanos vão matar um animal pré-histórico em extinção. A forma que falei pareceu cruel, mas talvez tenha sido a minha ideia afinal. Imagine se aparecesse um animal desse de verdade? Seria um MEGA alvoroço.