Com co-produção do brasileiro Rodrigo Teixeira (A Bruxa) e Martin Scorsese (Lobo de Wall Street) e dirigido por Jonas Carpignano (Mediterranea), “A Ciambra” será o concorrente italiano do Oscar em 2018. Só com esses nomes sabemos que esse longa não está aqui de brincadeira, e foi bom eu começar o Festival do Rio deste ano com este título. Um típico filme de festival, com uma temática forte e uma filmagem que não estamos acostumados por aí como a maioria dos filmes comerciais.

Sinopse: “Na Ciambra, uma pequena comunidade cigana perto de Gioia Tauro, Pio Amato procura crescer o mais rápido possível. Aos catorze anos, bebe, fuma e é um dos poucos capazes de se integrar entre as várias comunidades do lugar: os italianos, os imigrantes africanos e membros da comunidade romanichéis. Pio segue onde quer que seu irmão Cosimo vá, aprendendo a necessidade de sobreviver nas ruas de sua cidade. Quando Cosimo é preso, Pio começa a entender que ele deve tentar assumir o papel de seu irmão e decidir se ele está realmente pronto para se tornar um homem.”

O início do filme já nos mostra o que veremos nas próximas horas de projeção: crianças fumando, uma comunidade pobre, problemas com a polícia etc. Nada muito diferente do que já conhecemos aqui no Rio de Janeiro. A realidade mostrada é nua e crua como se fôssemos integrante dessa comunidade de ciganos dentro da Itália. Através dos olhos de Pio (Pio Amato) acabamos entrando no núcleo familiar do personagem principal que aqui tem a triste escolha de continuar vivendo como criança ou enfim se tornar adulto, onde certamente suas escolhas serão cada vez piores para sua consciência.

Um filme de certa forma forte para quem não está acostumado. Forte não de um jeito violento, mas sim de um jeito real, daqueles que faz você pensar em como o mundo é e pode ser cruel com as pessoas menos favorecidas. Um bom filme e que desde já fico esperando concorrer a prêmios e quem sabe até mesmo o Oscar de filme estrangeiro em 2018. Ficarei na expectativa, afinal, tem muita qualidade para tal.