Nunca fui fã do Homem-Aranha, e por esse fato, podemos culpar o diretor Sam Raimi, fui apresentada ao herói, nos filmes estrelados por Tobey Maguire. Ainda vi o primeiro e o segundo até que desisti, só pra ver Willem Dafoe (de quem gosto muito), não valia a pena o sacrifício, sem falar que estava cansada do casal água com açúcar Peter e Mary Jane.

Os amigos especialistas em Spider-Man, sempre me disseram que eu estava enganada em relação ao personagem, que o filme de 2002 tinha perdido totalmente a essência do personagem, que basicamente, Peter Parker era um prodígio com um Q de fanfarrão e é exatamente isso que nos é mostrado em “Homem-Aranha: De volta ao lar”.

Neste novo longa, do diretor Jon Watts, nós encontramos um Peter Parker com essência de DeadPool. Mesmo apanhando algumas vezes, ele tira sarro dos vilões enquanto combate o crime, tem como mentor o já amado pelo público Tony Stark (Homem de Ferro), e um dos mais divertidos “sidekicks” modernos, seu melhor amigo Ned Leeds, ou, como ele gostaria de ser chamado, “O cara na cadeira”.

O ator principal que da vida a Parker (Tom Holland), é impecável. Ele é extremamente gostável, e suas cenas de ação são do outro mundo. Acho que finalmente encontramos alguém que nasceu para soltar teias, combater o crime e nos apaixonar.

Algo que difere muito dos filmes anteriores e do gibi, é que nesse longa a Tia May (que cria Peter), não é uma velhinha, ela é interpretada por Marisa Tomei, aquela Tia bonitona que vive recebendo cantadas, gente boa, companheira, compreensiva e que rouba suspiros dos amigos do sobrinho.

Há nesta super produção, um novo romance, para meu alívio, “sumiram” com a Mary Jane. E para os fãs do ator Michael Keaton (o eterno Batman), ele faz um vilão impecável, maravilhoso, ao mesmo nível do herói que um dia interpretou. Sem dar spoiller, posso dizer que é com seu personagem que temos um dos maiores plot twists do cinema neste ano.

Acredito realmente, que o fã de raiz não vá se decepcionar, enquanto que, quem não conhece bem o lendário Spider Man vai sair encantado como eu saí. Por falar em sair, tem cena pós- crédito.

P.S: Stan Lee (criador do herói) da o ar da graça rapidinho.