Alien: Covenant
Alien é um dos grandes clássicos da ficção cientifica. Foram quatro filmes, (cada um com uma direção diferente, Ridley Scott, James Cameron, David Fincher e Jean Pierre-Jeune), embora cada fã tenha um favorito, é fato comprovado que nenhum filme da franquia original decepciona.
Prometheus tinha a premissa de ser a origem do alien, mas acaba sendo mais a origem do ser humano (que não é inteiramente explicada e deixa mil pontas soltas), eu passei o filme todo fazendo a mesma pergunta: Cadê o Alien?
Eis que Alien: Covenant – que quase recebeu a alcunha de Prometheus 2 – mostra nosso querido e amado monstro gosmento, porém nem de longe ele é o grande vilão do filme e, apesar de entreter bem mais do que Prometheus, ele não cumpre as promessas que nos foram feitas e nenhum dos boatos jogados na mídia era verdadeiro. Não há Sigourney Weavers e Noomi Rapace, creditada no elenco, aparece, sim, só que por poucos segundos e sem falas.
Eu esperava que esse filme nos desse as explicações que faltaram em Prometheus, nesse quesito falhou. De resto, posso dizer que temos uma trama típica de Ridley Scott (Alien – O Oitavo Passageiro), em seu estilo de criar lentamente um suspense que demora a “pegar no tranco”, mas que quando pega, pega mesmo.
Covenant é uma nave que carrega dois mil tripulantes com o intuito de colonizar um novo planeta. Eis que há um problema nas maquinas de oxigênio, alguns tripulantes morrem e os remanescentes, sem paciência para esperar sete anos para chegar ao destino, ao encontrarem um outro planeta, que parece extremamente propício para vida humana, decidem desembarcar lá, porém algo da muito errado.
Temos aqui uma nova heroína, Katherine Waterston (Animais Fantásticos), e o filme foca principalmente em dois personagens vividos por um dos maiores talentos do momento, Michael Fassbender, ele interpreta dois andróides de gerações diferentes, David (sobrevivente de Prometheus) e Walter.
A trama é boa, o clima é bem construído e a fotografia espetacular, mas ainda assim não consegui gostar muito do filme. Depois de muito pensar, cheguei à conclusão do porquê: um verdadeiro fã da franquia Alien quer mais do mesmo, nós amávamos ver Ellen Ripley, que na minha opinião, é a personagem de maior girl power na história do cinema, versus Alien. Qualquer coisa além disso não iria me agradar, acredito que um novo fã, ou alguém que nunca assistiu Alien irá gostar mais de Covenant, mas pra quem amava a forma original, fica um pouco com cara de engodo. A impressão é que os criadores queriam fazer dinheiro e sabiam que conseguiriam colocando o nome “Alien”.
Fora isso,sim, é um longa de ficção bem interessante, ótima fonte de entretenimento. Vale a pena ver, mas não prometo satisfação garantida ao fã de raiz.