Vigilante do amanhã: Ghost in the Shell
Para quem não sabe Ghost In The Shell é um anime lançado em 1996 dirigido por Mamoru Oshii, que por sua vez é uma adaptação do mangá criado Masamune Shirow, que influenciou vários filmes na época como Matrix por exemplo. Com seu visual meio cyberpunk e com influências de Blade Runner, se tornou um clássico imediato do gênero. Agora em 2017 coube ao diretor Rupert Sanders (Branca de Neve e o Caçador) a responsabilidade de fazer a adaptação live action, e o que eu vi me animou bastante.
Sinopse: “Baseada na internacionalmente aclamada ficção científica “Ghost In The Shell” é a história de Major, uma máquina de combate, ciborgue-humana-híbrido, única de sua espécie, que lidera a unidade de inteligência de elite: Sessão 9. Dedicados a capturar os criminosos mais perigosos e extremistas, a Sessão 9 é confrontada com um inimigo que tem como único objetivo acabar com os avanços tecnológicos da Hanka Robotic.”
O longa é muito fiel ao anime. Todas aquelas cenas da Major (Scarlet Johanson) pulando do prédio e ficando invisível, quebrando vidro atirando em todo mundo, a luta na água e a minha preferida, que é a cena do Spider Tank, estão lá, se não iguais pelo menos muito parecidas e com certeza o fã já ficará feliz por essas cenas. Algumas mudanças foram feitas, que a meu ver só melhoraram e deixaram as coisas com mais fácil compreensão, que confesso no anime fiquei um pouco perdido. As cenas de ação são excelentes, mas poderiam ser um pouco mais longas. Senti que quando tava começando a me empolgar a cena acabava.
Confesso que quando escolheram a Scarlet Jonhanson para viver um papel que originalmente é oriental me incomodou um pouco, mas logo esquecemos isso e entendemos o motivo dela ter sido a escolhida. Ela realmente me convence, e inclusive, essa mudança de etnia reflete na origem da personagem.
Os fãs mais críticos podem se incomodar um pouco com a origem da Major, mas particularmente eu curti e achei mais acessível. Outro destaque vai para os agentes da Seção 9: Pilou Asbaek (A Grande Muralha, Game of Thrones) como Batou e Takeshi Kitano (Aquiles e a Tartaruga) como Aramaki, que são ótimos e remete muito ao anime. Michael Pitt (Violência Gratuita, Boardwalk Empire) como o vilão Kuze também tem seu valor em tela, mas poderia ter sido melhor explorado.
Posso dizer com segurança que conseguiram enfim fazer uma ótima adaptação de um anime para um live action. Desconfiança que tínhamos desde o lançamento de Dragon Ball Evolution, que foi um fracasso de crítica e público. Agora poderemos esperar mais adaptações competentes e quem sabe até algumas continuações, criando assim uma nova franquia.