Três Mulheres: Uma Esperança
“Três mulheres: Uma esperança“, o novo filme da diretora Saskia Diesing. É dirigido, escrito e protagonizado por mulheres, fazendo assim, não apenas pela história, mas tudo que o envolve, uma ode ao feminismo. O que uma mulher judia da Holanda, uma mulher soldada da Rússia e uma mulher de um vilarejo nazista da Alemanha tem em comum? Se você respondeu que são todas mulheres, você acertou em cheio. Mas não apenas isso mas sim, tudo isso. Não entendeu? Eu explico.
O filme se passa na Alemanha oriental nazista em 1945, onde um trem que carregava judeus de “troca”, como eram chamados os prisioneiros que seriam utilizados como moeda de troca durante a guerra, é interceptado por um tropa russa que toma um vilarejo alemão e quarentena na cidade aguardando posicionamento tanto da Rússia quanto sobre o avanço da guerra. Durante esse período, três mulheres se encontram e convivem juntas, a judia holandesa Simone, a alemã nazista Winnie e a russa sniper Vera. Durante essa convivência, elas irão descobrir que possuem mais em comum do que as separa. Seja a língua, o posicionamento político ou suas origens; o feminino prevalece.
Apesar de não haver nada fora do comum nesse filme, considerando que não tem recursos cinematográficos pomposos, nem mesmo uma história nova, o que faz dele especial é a mudança na abordagem. É o lugar de onde vemos a mesma história que já foi contada tantas vezes, um novo olhar sobre essa história e principalmente, um olhar feminino. É um filme sobre a força feminina ao mesmo tempo que é sobre a sua delicadeza. É um filme feito por mulheres, escrito por mulheres, sobre mulheres, para mulheres. E mais do que isso, é sobre o que nos une mais do que nos afasta como humanos. No momento mundial polarizado que estamos vivendo, esse filme se torna obrigatório. E para todas as mulheres, esse filme é uma lembrança que juntas somos mais fortes.